DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem índices econômico relevantes em destaque, mas na expectativa de novas medidas dos EUA contra o Brasil
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(Brasília-DF, 18/07/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Mooning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em alta, seja nos EUA, Europa como China. No Brasil, não há expectativa de índices importantes, mas se espera algo vindo dos EUA contra o Brasil.
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Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após o S&P 500 registrar nova máxima histórica na véspera, sustentado pelos resultados positivos do 2T25 e dados econômicos resilientes. O movimento ocorre mesmo após a Netflix cair mais de 1% no after market, apesar de ter superado as expectativas de receita e lucro no 2T e elevado seu guidance anual. Hoje, investidores aguardam os resultados de American Express e 3M, em uma semana marcada por surpresas positivas, como os balanços de JPMorgan, Goldman Sachs, PepsiCo e United Airlines.
Na Europa, as bolsas iniciam o pregão em alta (Stoxx 600: +0,3%), com o CAC 40 liderando os ganhos (+0,5%). Destaque para a alta de 10% nas ações da Saab após resultados fortes, e para a britânica BP, que sobe 1,8% após anunciar a venda de seu negócio de energia eólica onshore nos EUA para a LS Power, como parte de seu programa de desinvestimentos de US$ 20 bilhões.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,6%; HSI: +1,3%) acompanhando o otimismo de Wall Street.
Economia
Nos Estados Unidos, o comércio varejista se recuperou em junho, corroborando nossa visão de atividade econômica resiliente. As vendas totais cresceram 0,6%, acima da expectativa de 0,1%. O consumo pessoal tem sido sustentado por um mercado de trabalho sólido. Neste sentido, os pedidos iniciais de seguro-desemprego vieram abaixo do previsto na semana passada, atingindo o menor nível desde abril. Esses indicadores econômicos reforçam a postura cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em relação à condução da política monetária. Acreditamos que o Fed voltará a reduzir sua taxa básica de juros – atualmente no intervalo entre 4,25% e 4,50% – em setembro.
IBOVESPA +0,04% | 135.565 Pontos. CÂMBIO -0,25% | 5,55/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 135.565 pontos. Em um dia de agenda econômica mais esvaziada, o foco dos investidores permaneceu sobre o cenário político, após o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, validar o decreto do governo que eleva o IOF, com exceção da tributação sobre operações de risco sacado.
Do lado positivo, as ações da Prio (PRIO3, +2,2%) se destacaram após o IBAMA emitir parecer técnico recomendando a aprovação da licença prévia para o projeto Wahoo — um potencial catalisador relevante para o papel, caso a aprovação seja confirmada (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta negativa, Hypera (HYPE3, -4,4%) recuou, devolvendo os ganhos de 4,0% acumulados nos dois pregões anteriores.
Nesta sexta-feira, as atenções se voltam para os dados de expectativas de inflação e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan referentes a julho nos EUA. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, os destaques são 3M, American Express e Charles Schwab.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os dados econômicos reforçaram a resiliência da economia: as vendas no varejo de junho avançaram 0,6% (ante 0,1% esperado pelo consenso) e os pedidos de seguro-desemprego somaram 221 mil, abaixo das 233 mil projetadas. O mercado também repercutiu a pressão do presidente Donald Trump para que Jerome Powell e o Federal Reserve promovam cortes de juros na próxima reunião. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,90% (-1,6bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,45% (-0,5bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,35% (- 2,5bps); DI jan/29 em 13,62% (- 8,2bps); DI jan/31 em 13,79% (- 10,2bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira praticamente estável, apesar das quedas médias de 0,12% registradas tanto pelos Fundos de Tijolo quanto pelos FIIs de Papel. As maiores altas do dia foram VINO11 (+1,6%), CCME11 (+1,5%) e VGRI11 (+1,3%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de IRDM11 (-3,2%), BLMG11 (-2,9%) e KORE11 (-2,2%).
No Brasil, o IGP-10 de julho caiu 1,65% em relação ao mês anterior, enquanto o mercado projetava recuo de 1,46%. Assim, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 5,62% para 3,42%. Mais uma vez, destaque para a deflação no IPA (Índice de Preços ao Atacado). Essa dinâmica sustenta nossa visão de alívio na inflação ao consumidor no curto prazo. Projetamos alta de 5,0% para o IPCA de 2025, devido principalmente ao arrefecimento nos grupos de bens industriais e alimentos.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)