Lula disse na CNN Internacional que o presidente Trump não foi eleito para ser “imperador do Mundo”
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( Publicada originalmente às 16h 58 do dia 17/07/2025)
(Brasília-DF, 18/07/2025) Nesta quinta-feira, 17, movimentada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele também concedeu entrevista à âncora da CNN Internacional Christiane Amanpour
Ele que não quer ser refém dos Estados Unidos e que quer liberdade para o comércio.
"Mas agora ele (Trump) demonstrou que ele não está interessado (em negociar), porque acha que pode fazer tudo o que acha que quer com as tarifas", adicionou.
"O segundo (ponto) é que ninguém quer se separar dos EUA, ninguém quer ser livre dos EUA, o que queremos não é ser reféns dos EUA... queremos liberdade, não queremos ser reféns dos EUA, queremos liberdade para o comércio", adicionou.
Lula disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi eleito "para ser o imperador do mundo".
Segundo Lula, o anúncio do tarifaço foi uma surpresa, não apenas pelo valor, mas pela forma como foi anunciada, com a publicação de uma carta nas redes sociais de Trump.
"Seria muito melhor estabelecer uma negociação primeiro e depois chegar a um possível acordo, porque somos dois países com quem tivemos reuniões muito boas e temos boas relações há 200 anos. E então ele está rompendo com qualquer protocolo, qualquer liturgia que deva existir nas relações entre dois chefes de Estado. Foi muito desagradável", acrescentou.
Lula afirmou que, enquanto o Brasil tenta contato com os Estados Unidos para negociar as tarifas, "também estamos nos preparando para dar uma resposta"
"O que tenho dito é que usaremos todas as palavras que existem no dicionário para tentar negociar", disse.
"Posso garantir que o Brasil, no momento certo, dará a resposta certa à carta do presidente Trump", concluiu.
Lula também afirmou que não vê Trump como um "político de extrema direita", mas como um chefe de Estado.
"Eu não sou um presidente progressista, eu sou o presidente do Brasil. Eu não vejo o Trump como presidente de direita, eu vejo como presidente dos Estados Unidos. Ele foi eleito. Tem o respaldo do povo americano. Então, a melhor coisa é sentar numa mesa para conversar. Até agora, ele tem demonstrado que não tem interesse, porque acha que pode fazer as tarifas que quiser."
O presidente disse que não há intenção de romper laços com os EUA. "Ninguém quer romper com os Estados Unidos, ninguém quer prescindir dos Estados Unidos. O que queremos é não ser refém dos Estados Unidos."
Segundo ele, o Brasil já vem diversificando seus parceiros comerciais e defendeu o fortalecimento do Brics e maior liberdade nas transações entre os países do bloco.
"Representamos 40% do comércio internacional e 25% do PIB mundial. O BRICS não foi criado para brigar com o Norte, mas para discutir de forma pacífica e igualitária os seus problemas."
( com informação da CNN Brasil e BBC Brasil. Edição: Política Real)