DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil atenção para o IGP-10 de julho
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(Brasília-DF, 17/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil atenção para o IGP-10 de julho.
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Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam próximos da estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%) após uma sessão de recuperação ontem. Ao longo de quarta-feira, o Dow chegou a cair mais de 260 pontos após rumores de que Trump teria redigido uma carta de renúncia para Powell. No entanto, o próprio presidente minimizou as especulações, dizendo que não está planejando fazer isso. Para o mercado, a leitura foi de que o risco político no Fed ainda existe, mas perdeu força no curtíssimo prazo.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%) em meio ao alívio com a fala de Trump e expectativa por divulgação de resultados. A agenda de resultados de hoje inclui nomes como TSMC, Novartis e Volvo. O mercado também segue atento às negociações comerciais entre EUA e União Europeia, após o anúncio de tarifas de 30% previsto para entrar em vigor em 1º de agosto.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,7%; HSI: -0,1%) acompanhando o alívio nos EUA e expectativas positivas para a temporada de resultados. O Nikkei, no Japão, também avançou, mesmo após queda nas exportações pelo segundo mês seguido e confirmação de tarifas de 25% sobre produtos japoneses pelos EUA.
Economia
Nos Estados Unidos, os preços ao produtor ficaram estáveis em junho, apesar do aumento nos preços de bens industriais, indicando que as tarifas anunciadas por Trump começam a pressionar a inflação. Os preços de serviços, porém, se mantiveram controlados, sustentando expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve ainda este ano. A produção industrial cresceu 0,3% em junho, superando as expectativas, enquanto o Livro Bege destacou que a maioria dos membros do Fed vê provável uma redução nas taxas de juros, apesar da incerteza elevada devido a políticas comerciais, fiscais e riscos geopolíticos. Na agenda de hoje, destaque para a divulgação das vendas no varejo americanas de junho
IBOVESPA +0,2% | 135.511 Pontos. CÂMBIO +0,1% | 5,56/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou em alta de 0,2% ontem, aos 135.511 pontos, interrompendo uma sequência de sete quedas. No cenário internacional, os mercados começaram o dia pressionados por especulações sobre uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, após Donald Trump consultar parlamentares republicanos sobre o tema. No entanto, ao longo do dia, Trump classificou a medida como altamente improvável, o que contribuiu para a recuperação dos índices dos EUA, que finalizaram o pregão com uma leve alta (S&P 500 +0,3%; Nasdaq +0,1%). No Brasil, o cenário político seguiu no radar, após nova pesquisa indicar aumento na aprovação do governo. Os ativos locais tiveram um dia negativo: a curva de juros abriu, e o dólar avançou 0,1%, encerrando o dia em R$ 5,56.
Os papéis do Pão de Açúcar tiveram forte alta (PCAR3, +10,7%), impulsionada pelo anúncio de aumento de participação na companhia por cinco membros da família Coelho Diniz, que agora detêm, em conjunto, 17,7% das ações ordinárias. Na ponta oposta, Usiminas (USIM5, -4,5%) recuou após a revisão da recomendação de um banco de investimento de Compra para Neutra.
Nesta quinta-feira, a agenda internacional inclui vendas no varejo de junho nos EUA e o CPI da Zona do Euro. Pela temporada internacional de resultados do 2T25, serão divulgados os balanços de Netflix, Pepsico e TSMC.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura da curva. No Brasil, o movimento reflete as preocupações com a indefinição em torno do IOF e a aprovação, pela comissão especial da Câmara, do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil. Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,89% (-6,7bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,46% (-2,5bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,94% (+0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,36% (+1,5bp); DI jan/29 em 13,7% (+6,9bps); DI jan/31 em 13,89% (+7,9bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,12%, pressionado novamente pela alta dos juros futuros. Tanto os fundos de tijolo quanto os FIIs de papel registraram desvalorizações médias de 0,13% na sessão. As maiores altas do dia foram VGIR11 (+1,6%), HGPO11 (+1,5%) e BROF11 (+1,4%), enquanto as principais quedas ficaram com HCTR11 (-2,0%), AIEC11 (-1,8%) e SNCI11 (-1,7%).
No Brasil, a comissão especial da Câmara aprovou o parecer sobre a reforma do Imposto de Renda, com votação em plenário prevista para após o recesso parlamentar, em agosto. O relator reincorporou os redutores para dividendos e isentou lucros e dividendos distribuídos até o fim de 2025. O Senado aprovou a PEC 66, que altera regras para pagamento de precatórios, liberando R$ 12,4 bilhões para, entre outras coisas, licença-maternidade para autônomas. O ministro Alexandre de Moraes validou o aumento do IOF, excluindo operações de risco sacado, o que deve reduzir a arrecadação esperada pelo governo em cerca de R$ 1,2 bilhão. Na agenda, destaca-se o IGP-10 de julho, com expectativa de deflação nos preços ao produtor, especialmente industriais.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)