Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve queda e no Brasil expectativa para votação da isenção do Imposto de Renda na Câmara

Veja mais

Publicado em
Mercados globais em queda

(Brasília-DF, 16/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leve queda e no Brasil expectativa para votação da nova tributação com isenção do Imposto de Renda.

Veja mais:

Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros dos EUA operam em leve queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%) enquanto investidores aguardam novos resultados trimestrais e dados de inflação ao produtor. Também está no radar a leitura do PPI de junho. O indicador pode reacender os temores de repasse inflacionário gerado pelas tarifas de Trump, que anunciou no fim de semana uma nova rodada de tarifas de 30% sobre produtos da UE e do México, e um acordo com a Indonésia que inclui tarifas de 19%.

Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,1%) pressionadas pela fraqueza no setor de semicondutores e por dados de inflação acima do esperado nos EUA e Reino Unido. As ações da ASML despencam 7% após guidance fraco para o 3º tri e revisão para baixo de sua guidance de 2025. Em Paris, a Renault recua mais de 16% após cortar sua estimativa de margem para 2025 e anunciar troca de liderança.

Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,3%; HSI: -0,3%) após Trump confirmar novo acordo comercial com a Indonésia, que inclui tarifa de 19% sobre exportações do país aos EUA. A medida reacende preocupações sobre a escalada tarifária global.

A inflação ao consumidor (CPI, do termo em inglês) de junho nos Estados Unidos continuou mostrando pressão sobre preços. O indicador cheio subiu se elevou de 2,4% no mês anterior para 2,7%, enquanto o núcleo chegou a 2,9%. Apesar disso, as leituras vieram abaixo das expectativas do mercado, o que reforçou a aposta de cortes de juros em setembro. No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem uma emenda constitucional que retira, a partir de 2026, as despesas com precatórios do limite de despesas do novo arcabouço fiscal. No STF, governo e Congresso não chegaram a um acordo acerca do decreto que elevou as alíquotas do IOF, deixando a decisão para o Supremo, que tende a arbitrar uma solução de meio-termo.

Na agenda do dia, teremos a divulgação dos dados de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, com expectativa de alta de 2,5% no índice cheio e 2,7% para o núcleo. Além disso, teremos dados de produção industrial e o livro bege, um relatório que descreve as condições econômicas nas regiões onde o Fed opera.

IBOVESPA -0,04% | 135.250 Pontos.  CÂMBIO -0,48% | 5,56/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,04%, aos 135.250 pontos. No cenário internacional, o CPI de junho veio em linha com as expectativas, mas a probabilidade precificada pelo mercado de um corte de juros pelo Fed em setembro recuou de 59% para 53%. No Brasil, o destaque foi um movimento de rotação para ações small caps à medida que, mesmo com a performance ligeiramente negativa do Ibovespa e abertura da curva de juros, o índice SMLL avançou 1,0% no dia.

Entre os destaques positivos, São Martinho (SMTO3, +3,7%) subiu após a Raízen (RAIZ4, -1,3%) anunciar a venda de 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para seis empresas, incluindo a própria São Martinho. Na ponta negativa, MRV (MRVE3, -3,1%) recuou mesmo após a divulgação de sua prévia operacional do 2T25, que mostrou geração de caixa ligeiramente abaixo do consenso — apesar de nossos analistas avaliarem os números como ligeiramente positivos (veja mais detalhes aqui).

A agenda desta quarta-feira inclui dados de inflação ao produtor e produção industrial nos EUA, ambos referentes a junho. Pela temporada de resultados do 2T25, os principais nomes serão ASML, Bank of America, Goldman Sachs, Johnson & Johnson e Morgan Stanley.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram ontem com abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, o sentimento de incerteza em relação à eleição de 2026 aumentou após a divulgação de uma pesquisa eleitoral que apontou crescimento na aprovação do governo. Além disso, a apresentação da PEC 66 — que altera as regras para o pagamento de precatórios pela União, estados e municípios — elevou o prêmio de risco na curva. Nos Estados Unidos, foi divulgado o CPI de junho (+0,3% M/M), que veio em linha com as projeções do mercado. Contudo, a curva acabou influenciada por fatores técnicos. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,95% (+4,0bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,48% (+4,9bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 0,6bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,34% (+3,6bps); DI jan/29 em 13,62% (+12,2bps); DI jan/31 em 13,78% (+11,3bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em queda de 0,13%, pressionado pela forte abertura dos juros futuros. Nesse contexto, os Fundos de Tijolo registraram desvalorização média de 0,12%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho estável. As maiores altas do dia foram AIEC11 (+2,3%), VINO11 (+1,8%) e HSAF11 (+1,6%). Já as principais quedas ficaram por conta de HGPO11 (-2,7%), BRCO11 (-1,7%) e OUJP11 (-1,0%).

Economia

No Brasil, a reforma do Imposto de Renda, que isenta rendimentos até R$ 5 mil, deve ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados.

 

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)