DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil reunião de conciliação entre governo e Congresso sobre o IOF
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(Brasília-DF, 15/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção para reunião de conciliação entre governo e Congresso sobre o IOF.
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Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0,6%) impulsionados pela disparada das ações da Nvidia no pré-mercado, após a empresa anunciar que retomará em breve as vendas do chip H20 para a China. O movimento acontece às vésperas do início da temporada de resultados com grandes bancos, como JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup, divulgando seus balanços ainda hoje. Além disso, investidores aguardam a divulgação do CPI de junho. Surpresas para cima podem reacender preocupações com o impacto das tarifas de Trump sobre os preços e afetar as apostas sobre cortes de juros pelo Fed.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,2%), puxadas por empresas de tecnologia. ASML (+2,7%) lidera os ganhos, acompanhando a movimentação da Nvidia nos EUA. O setor tenta se recuperar das perdas da véspera, em meio às tensões comerciais com Washington.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: estável; HSI: +1,6%) após o PIB do 2º trimestre crescer 5,2% e superar as expectativas do mercado (5,1%). Apesar da desaceleração ante os 5,4% do 1º tri, os dados reforçam a expectativa de novos estímulos.
IBOVESPA – 0,65% | 135.299 Pontos. CÂMBIO + 0,67% | 5,58 /USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 0,7%, aos 135.299 pontos, registrando sua sexta baixa consecutiva. O mercado continuou atento ao noticiário sobre tarifas, após o governo dos EUA ameaçar, no fim de semana, impor tarifas de 30% sobre produtos do México e da União Europeia. O principal índice da Bolsa brasileira também foi pressionado pela performance negativa de ações de grande peso (blue chips), como Petrobras (PETR4, -1,3%; PETR3, -1,1%), Vale (VALE3, -1,1%) e Banco do Brasil (BBAS3, -2,2%).
A MRV (MRVE3, +3,0%) avançou após a companhia anunciar uma reavaliação do valor justo (impairment) dos ativos de sua subsidiária Resia, totalizando aproximadamente US$ 144 milhões a serem reconhecidos no 2T25 — relacionados a perdas esperadas em vendas futuras de ativos (veja mais detalhes aqui). Na ponta negativa, BRF (BRFS3, -4,6%) recuou após uma gestora relevante encerrar sua participação acionária na companhia.
Nesta terça-feira, a agenda econômica inclui dados de inflação ao consumidor de junho (CPI) nos EUA. Além disso, a temporada internacional de resultados do 2T25 ganha força para o setor financeiro, com destaque para BlackRock, Citibank e J.P. Morgan.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento na parte curta, e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, o IBC-Br (considerado uma prévia do PIB) registrou queda de 0,7% em maio (vs. 0,0% projetado pelo consenso), o que resultou no fechamento da ponta curta da curva, repercutindo a percepção de desaquecimento da economia. Já a parte longa foi influenciada pela incerteza em relação às tarifas americanas e pela valorização do dólar (R$ 5,58/US$; +0,66%).
Nos Estados Unidos, a curva refletiu a cautela dos investidores diante da inflação, dos elevados déficits e da ampla oferta de títulos do governo. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,91% (+0,9bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,44% (+2,7bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (inalterada vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,29% (- 4,2bps); DI jan/29 em 13,47% (+0,4bp); DI jan/31 em 13,65% (+5,8bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana praticamente estável, com leve alta de 0,02%. Os Fundos de Papel foram o destaque da sessão, com valorização média de 0,12%, enquanto os FIIs de Tijolo avançaram 0,08%. Entre as maiores altas do dia estiveram BTAL11 (+2,7%), BLMG11 (+2,1%) e HGPO11 (+1,9%). Já as principais quedas foram registradas por BPML11 (-2,2%), PVBI11 (-2,1%) e VIUR11 (-1,2%).
Economia
Na China, o PIB cresceu 5,2% no segundo trimestre na comparação interanual (1,1% contra o primeiro trimestre), apesar das tarifas norte-americanas contra o país. Preço do petróleo apresenta alta volatidade, fechando a segunda-feira com queda de 1,63%, com ameaças de sanções norte-americanas contra compradores de petróleo russo. Na Zona do Euro, produção industrial reverte contração em abril e expande 1,7% em maio, acima das expectativas de mercado de 0,9%.
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – proxy mensal do PIB – recuou 0,7% em maio, resultado muito abaixo das expectativas (XP: 0,3%; mercado: 0,0%). Esse resultado interrompeu uma sequência de quatro altas consecutivas. Ainda, decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica é publicado.
Na agenda internacional de hoje, o foco fica para os dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Na agenda doméstica, a reunião de conciliação entre governo e Congresso sobre o IOF é o destaque de hoje.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)