DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil o destaque da semana será a divulgação do IBC-Br de maio
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(Brasília-DF, 14/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil o destaque da semana será divulgação do IBC-Br de maio.
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Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,3%) após o governo Trump anunciar tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto. Líderes dos dois blocos disseram que pretendem manter o diálogo com Washington para tentar reduzir as tarifas. O anúncio ocorre às vésperas de novos dados de inflação nos EUA, que devem mostrar como os impostos já em vigor estão afetando os preços ao consumidor. Com isso, as Treasuries operam de forma mista nesta manhã. A taxa do título de 10 anos segue estável em 4,42%, enquanto o rendimento do de 2 anos recua 2 bps.
Na Europa, as bolsas iniciam a semana em baixa (Stoxx 600: -0,3%), com destaque negativo para o setor automotivo, que cai cerca de 1%. A nova rodada de tarifas anunciadas por Trump praticamente inviabilizaria o comércio entre EUA e Europa, segundo o comissário europeu Maros Sefcovic.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,1%; HSI: +0,3%), com investidores acompanhando os desdobramentos comerciais entre EUA e seus principais parceiros.
IBOVESPA -0,40% | 136.187 Pontos. CÂMBIO +0,07% | 5,54/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em queda de 3,6% em reais e 6,3% em dólares, aos 136.187 pontos, com os anúncios de tarifas de Trump dominando as atenções no Brasil e no cenário internacional.
Azzas 2154 (AZZA3, -13,2%) ficou entre as principais quedas da semana, pressionada por expectativas negativas em relação aos resultados do 2T25 (veja a prévia dos nossos analistas aqui). Embraer (EMBR3, -11,0%) também caiu, uma vez que, segundo estimativas dos nossos analistas, é a empresa da cobertura XP mais diretamente impactada pelas novas tarifas anunciadas (veja mais detalhes aqui).
Na ponta positiva, destaque para Braskem (BRKM5, +5,2%), que avançou após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do regime de urgência para o Projeto de Lei que institui o PRESIQ (Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química). Veja o comentário dos nossos analistas aqui.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura na curva, refletindo a imposição de tarifas pelos EUA sobre as exportações brasileiras. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –159,50bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -131,00bps na última semana. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,84% a.a. (vs. 7,49% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,94% (+1,5bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,33% (+14,5bps); DI jan/29 em 13,48% (+25bps); DI jan/31 em 13,62% (+33bps); DI jan/35 em 13,63% (+30bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram a semana em 3,90% (+1,8bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,41% (+6,2bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a sexta-feira em alta de 0,24%, impulsionado pelo bom desempenho dos Fundos de Tijolo e dos FIIs de Papel, que registraram valorizações médias de 0,25% e 0,19%, respectivamente. As maiores altas do dia foram BPML11 (2,5%), PVBI11 (2,3%) e PATL11 (1,7%), enquanto LVBI11 (-2,4%), CACR11 (-1,2%) e RBVA11 (-1,2%) lideraram as quedas. Confira o resumo semanal aqui.
Economia
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 30% sobre importações oriundas do México e da União Europeia, com vigência a partir de 1º de agosto. Ademais, Trump estabeleceu uma tarifa de 50% sobre os produtos importados de cobre. Na China, o superavit comercial registrou expansão acima do esperado em junho, alcançando US$ 114,77 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo avanço de 5,8% nas exportações ante junho do ano passado, provavelmente favorecido pela redução mútua de tarifas entre China e Estados Unidos.
No Brasil, segundo o Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a Lei da Reciprocidade Econômica deve ser publicada em decreto até terça-feira.
Na agenda internacional desta semana, o principal destaque será o CPI de junho nos Estados Unidos. Além disso, a inflação ao produtor e o Livro Bege também serão publicados. Na China, será divulgado o combo de dados de atividade econômica de junho, além do PIB do 2T25.
No Brasil, a agenda de indicadores conterá somente a divulgação do IBC-Br de maio. O mercado seguirá sensível às notícias sobre tarifas dos EUA sobre o Brasil. Em Brasília, discussões sobre a reforma do Imposto de Renda e uma reconciliação entre Executivo e Legislativo em torno do IOF serão os principais pontos de atenção.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)