31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil atenção para divulgação do IPCA de junho

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Mercados globais em alta

(Brasília-DF, 07/07/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção para divulgação do IPCA de junho.

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Mercados globais

Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,25%; Nasdaq 100: -0,35%), diante da perspectiva de retomada das tarifas anunciadas no Liberation Day em 1° de agosto. Além da declaração de Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, quanto ao final da pausa para as tarifas, Trump ameaçou tarifa de 10% para membros dos BRICS e países que se alinharem ao bloco, na semana em que ocorre a cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro.

Na Europa, as bolsas operam mistas, com índice pan-europeu em alta (Stoxx 600: 0,2%) diante da perspectiva de continuidade do movimento de rotação para fora da Bolsa dos EUA, precipitada pelas ameaças de tarifas. Na China, as bolsas fecharam negativas (CSI 300: -0,4%; HSI: -0,1%) diante da ameaça de nova tarifa para os BRICS.

IBOVESPA +0,24% | 141.264 Pontos.  CÂMBIO +0,38% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana passada com alta de 3,2% em reais e 4,3% em dólares, aos 141.264 pontos, renovando máximas históricas e ultrapassando a marca dos 141 mil pontos pela primeira vez na história.

Embraer (EMBR3, +11,9%) liderou os ganhos, apoiada por um novo pedido da Scandinavian Airlines, avaliado em aproximadamente US$ 4 bi a preços de tabela, e uma prévia operacional forte para o 2T25.

Natura (NATU3, -3,3%) e Smart Fit (SMFT3, -3,8%) ficaram entre as maiores quedas. As ações da Natura recuaram após a reação do mercado ao Natura Day (veja mais aqui), enquanto Smart Fit foi pressionada por sinalizações da gestão de que as operações no México podem entregar abaixo do esperado.

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento da no vértices longos curva, refletindo a expectativa de que a taxa Selic será mantida em 15% por um período extenso, conforme indicado pelo Banco Central. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de -137,50 bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -159,50 bps nesta semana. As taxas de juro real tiveram redução, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,49% a.a. (vs. 7,59% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,93% (- 1bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,19% (+2bps); DI jan/29 em 13,23% (- 6,5bps); DI jan/31 em 13,29% (- 15bps); DI jan/35 em 13,33% (- 23bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em alta de 0,39%, renovando sua máxima histórica ao atingir 3.495,42 pontos. Tanto os Fundos de Tijolo quanto os FIIs de Papel apresentaram desempenhos positivos na sessão, com valorizações médias de 0,25% e 0,32%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram JSRE11 (3,0%), VISC11 (2,2%) e HFOF11 (1,7%). Já BLMG11 (-1,7%), SPXS11 (-0,9%) e GZIT11 (-0,8%) registraram as maiores quedas.

Economia

Donald Trump afirmou que os acordos tarifários feitos pelos Estados Unidos com diversos países serão divulgados hoje. O governo vem conduzindo negociações bilaterais desde abril, que resultaram em acordos com Reino Unido e Vietnã, por exemplo, além de uma trégua com a China. Para os demais países, permanece a dúvida sobre a possibilidade de acordos de última hora, aumentos expressivos nas tarifas ou novas prorrogações. Ademais, Trump anunciou tarifa adicional de 10% a todos os países que se alinharem às políticas consideradas antiamericanas do BRICS.

No Brasil, o ministro Alexandre de Moraes marcou para 15 de julho a conciliação sobre o IOF e suspendeu tanto o Projeto de Decreto Legislativo do Congresso quanto os decretos presidenciais que majoraram o imposto.

Na agenda desta semana, o destaque será a divulgação da ata da última reunião de política monetária nos Estados Unidos na quarta-feira. Na China, serão publicados os índices de inflação ao produtor e ao consumidor (terça-feira).

No Brasil, a divulgação do IPCA de junho (quinta-feira) estará no centro das atenções. Do lado da atividade econômica, as vendas no comércio varejista (terça-feira) e as receitas no setor de serviços (sexta-feira) devem mostrar crescimento moderado em maio.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)