DESTAQUES DO DIA: Mercados globais estão em queda e no Brasil destaca-se a Pesquisa Mensal de Serviços de abril
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(Brasília-DF, 13/06/2024) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção para a Pesquisa Mensal de Serviços de abril.
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Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos recuam fortemente (S&P 500: -1,2%; Nasdaq 100: -1,4%) após um ataque aéreo de Israel contra o Irã elevar o risco geopolítico global. O futuro do Dow Jones cai mais de 500 pontos, pressionado pela escalada no Oriente Médio.
As Treasuries recuam, com a taxa do título de 10 anos caindo -2bps para 4,33%, refletindo a busca por ativos seguros em meio ao aumento das tensões. O movimento vem após uma semana de dados inflacionários mais amenos nos EUA, com o PPI de maio subindo apenas 0,1%, abaixo das expectativas.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,8%) e quase todos os setores estão no negativo, com destaque para companhias aéreas, penalizadas pela suspensão de voos na região. A Wizz Air recua 4,8%, enquanto IAG e Finnair perdem mais de 3%. O petróleo sobe mais de 6%, sustentado por temores sobre o fornecimento.
Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,72%; HSI: -0,59%) diante da deterioração do cenário geopolítico. O impacto se espalhou pela Ásia, com quedas no Nikkei (-0,89%), Kospi (-0,87%) e Kosdaq (-2,61%).
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,90% (-4,73bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,36% (-6,28bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 3,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (- 2,7bps); DI jan/29 em 13,54% (- 1,1bps); DI jan/31 em 13,67% (- 2bps).
Economia
Mercados hoje serão movidos pela repercussão sobre o conflito militar entre Israel e Irã. Nos Estados Unidos, o núcleo da inflação ao produtor subiu 0,1% em maio, abaixo das expectativas de 0,3%, e acumulou alta de 3,0% em 12 meses, o menor patamar desde agosto de 2024. Os indicadores de inflação têm surpreendido para baixo, aumentando as apostas de que o Fed reduzirá as taxas de juros duas vezes em 2025. Além disso, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 248 mil, acima do esperado, mas sem impacto nos preços dos ativos. Hoje, a atenção está na sondagem do consumidor da Universidade de Michigan, que projeta recuperação da confiança e leve queda nas expectativas de inflação.
IBOVESPA +0,5% | 137.800 Pontos. CÂMBIO +0,1% | 5,54/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 0,5%, aos 137.780 pontos. No cenário doméstico, a política fiscal seguiu no centro das atenções após a publicação da medida provisória que eleva tributos como forma de compensar parcialmente o decreto que alterou as regras do IOF (veja aqui mais detalhes). Além disso, o desempenho do índice foi novamente impulsionado por Petrobras (PETR3 +2,8%; PETR4 +2,3%). No cenário internacional, o destaque foi a escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio, culminando em um ataque de Israel ao Irã, que ocorreu após o fechamento do mercado.
O principal destaque positivo do dia foi Embraer (EMBR3, +4,3%), após um banco de investimentos reforçar a recomendação de Compra para os papéis da companhia e enquanto os investidores aguardam o Paris Air Show, uma feira para a indústria aeroespacial e de defesa, onde a empresa deve divulgar seus novos pedidos (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, BRF (BRFS3, -3,1%) recuou em movimento técnico, devolvendo parte dos ganhos de 4,1% acumulados na semana.
Nesta sexta-feira, teremos a pesquisa mensal de serviços no Brasil referente a abril. Nos EUA, o destaque será os dados de sentimento e expectativas de inflação dos consumidores da Universidade de Michigan. O mercado também permanecerá atento às consequências do ataque de Israel ao Irã.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento longo da curva. Nos Estados Unidos, os dados de PPI e CPI divulgados nesta semana continuaram a indicar um cenário mais propício ao afrouxamento monetário para o Federal Reserve, com os agentes ajustando suas expectativas para possíveis cortes nas taxas de juros nos próximos meses. Esse movimento foi intensificado pelo leilão de títulos de 30 anos do Tesouro americano, que também contribuiu para a queda das taxas. No Brasil, as incertezas no cenário fiscal ainda influenciaram as taxas essa semana, o leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro Nacional ofertando 22 milhões de papeis, surpreendeu o mercado e influenciou no fechamento da curva, que teve certo alívio também pelo cenário externo.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a quinta-feira em queda de 0,49%, refletindo a reação negativa do mercado à publicação da Medida Provisória (MP) pelo governo na noite de quarta-feira. Com isso, o IFIX acumula recuo de 2,04% no mês. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo apresentaram desempenhos médios negativos na sessão, com quedas de 0,44% e 0,46%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram ICRI11 (1,3%), XPCI11 (1,1%) e KFOF11 (1,1%). Já HSAF11 (-2,3%), BRCR11 (-2,2%) e WHGR11 (-2,0%) registraram as maiores quedas.
Economia
Mercados hoje serão movidos pela repercussão sobre o conflito militar entre Israel e Irã. Nos Estados Unidos, o núcleo da inflação ao produtor subiu 0,1% em maio, abaixo das expectativas de 0,3%, e acumulou alta de 3,0% em 12 meses, o menor patamar desde agosto de 2024. Os indicadores de inflação têm surpreendido para baixo, aumentando as apostas de que o Fed reduzirá as taxas de juros duas vezes em 2025. Além disso, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 248 mil, acima do esperado, mas sem impacto nos preços dos ativos. Hoje, a atenção está na sondagem do consumidor da Universidade de Michigan, que projeta recuperação da confiança e leve queda nas expectativas de inflação.
No Brasil, a medida provisória que substitui o aumento do IOF foi publicada, com impacto estimado em R$ 18,9 bilhões para o próximo ano, mas a arrecadação pode não compensar totalmente a redução do IOF, indicando possível necessidade de novas medidas. As vendas no varejo ampliado recuaram 1,9% em abril, abaixo das expectativas, refletindo enfraquecimento das atividades sensíveis ao crédito. Na agenda de indicadores, destaca-se a Pesquisa Mensal de Serviços de abril, com expectativa de avanço de 0,1% em relação a março e desaceleração do crescimento anual de 1,9% para 1,5%.
( da redação com informações de assessoria. Edição : Política Real)