31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil expectativa para a MP do pacote fiscal

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Mercados em queda

(Brasília-DF, 11/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção para a possível publicação de um Medida Provisória do pacote fiscal.

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Nesta quarta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,1%), após Washington e Pequim chegarem a um consenso preliminar sobre um novo arcabouço para negociações comerciais. O avanço nas tratativas reduz incertezas, mas investidores seguem atentos à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio.

No mercado de juros, as Treasuries operam com leve alta nas taxas. A taxa do título de 10 anos avança 2 bps, enquanto o papel de 2 anos sobe 1,5 bp. A Treasury de 30 anos também registra alta de 2 bps.

Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), em meio ao alívio parcial no setor de defesa. Após fortes quedas no pregão anterior, o índice Stoxx Europe Aerospace and Defense sobe 0,4%, impulsionado por ações como Hensoldt (+2,7%), Renk (+2,7%), Saab (+2,2%) e Dassault Aviation (+1,3%), na esteira do acordo envolvendo exportações chinesas de terras raras.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +0,8%) após representantes dos EUA e da China confirmarem um acordo preliminar para aprofundar a agenda comercial bilateral. A notícia trouxe alívio aos investidores asiáticos, também apoiados por sinais de continuidade nas negociações.

Na agenda do dia, destaque para a divulgação do CPI nos Estados Unidos, com expectativa de alta do indicador cheio de 0,2% ante o mês anterior e de 0,3% para o núcleo da inflação, levando a inflação anualizada a atingir 2,5% e 2,9%, respectivamente.

IBOVESPA +0,54% | 136.436 Pontos.    CÂMBIO +0,13% | 5,57/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 0,5%, aos 136.436 pontos, quebrando uma sequência de quatro quedas consecutivas. O movimento foi impulsionado pelo desempenho de Petrobras (PETR3 +3,7%; PETR4 +3,0%) e pela divulgação do IPCA de maio, que veio abaixo das expectativas do mercado. O dado contribuiu para o fechamento da curva de juros, enquanto o mercado continua relativamente dividido entre uma elevação de 25 bps na Selic ou a manutenção da taxa atual na próxima reunião do Copom.

O principal destaque positivo do dia foi Vamos (VAMO3, +5,9%), beneficiada pela queda dos juros futuros. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3, -2,4%) devolveu parte dos ganhos da véspera, quando havia subido 4,6%. A ação acumula queda de 6,8% desde o pico mais recente, em 19 de maio.

Para o pregão desta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação do CPI de maio nos EUA.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o resultado do IPCA de maio de 0,26% demonstrou forte desaceleração ante a taxa de 0,43% em abril, ficando abaixo da mediana das estimativas do mercado, aliviando a expectativas sobre a Selic no Copom do mês de junho. Nos EUA, as taxas permaneceram praticamente estáveis, enquanto os investidores aguardam avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, e a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,02% (+2,44bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,48% (0,63bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 2,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,16% (- 6,5bps); DI jan/29 em 13,52% (- 12,6bps); DI jan/31 em 13,69% (- 10,4bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a terça-feira em queda de 0,25%, refletindo a expectativa de uma tributação de 5% sobre os rendimentos dos FIIs, que pode ser incluída na Medida Provisória (MP) a ser enviada pelo governo ao Congresso para compensar ajustes no IOF. Com isso, o IFIX acumula uma queda de 1,56% no mês, afastando-se ainda mais da máxima histórica recente. O destaque negativo da sessão ficou, novamente, com os Fundos de Papel, que recuaram em média 0,63% devido ao risco de dupla tributação. Já os FIIs de Tijolo registraram uma queda média de 0,16%. Entre as maiores altas do dia estiveram VGRI11 (+1,4%), CCME11 (+1,2%) e BTCI11 (+0,9%). Por outro lado, URPR11 (-4,4%), DEVA11 (-2,3%) e RBFF11 (-2,3%) registraram as maiores quedas.

Economia

Autoridades dos Estados Unidos e da China anunciaram que chegaram a um desenho para um possível acordo comercial após dois dias de negociações, com foco nas restrições à exportação de terras raras e chips. O acordo pode representar um avanço após a redução temporária das tarifas praticadas pelos dois países.

No Brasil, a inflação ao consumidor desacelerou em maio, atingindo 0,26%, enquanto a inflação acumulada em 12 meses caiu de 5,53% para 5,32%. O destaque foram os bens industrializados, que ficaram praticamente estáveis, refletindo a valorização do real. Por outro lado, os serviços continuam a pressionar, apesar da leve moderação recente. Nossa projeção para o IPCA de 2025 se mantém em 5,5%.

No Brasil, na ausência de indicadores econômicos, as atenções ficam voltadas para a possível publicação de uma medida provisória que altera a tributação de investimentos, elimina a isenção para instrumentos de crédito do setor imobiliário e do agronegócio e aumenta as alíquotas sobre juros sobre capital próprio, entre outras medidas.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)