DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil haverá a divulgação do IPCA de maio
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(Brasília-DF, 10/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil atenção para a divulgação do IPCA.
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Mercados globais (
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam com leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), com os investidores atentos à nova rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O diálogo entre as potências foi retomado em Londres e deve continuar ao longo do dia, em meio à expectativa por avanços concretos e alívio tarifário. No pregão anterior, o S&P 500 subiu quase 0,1% e o Nasdaq avançou 0,3%, enquanto o Dow encerrou próximo da estabilidade.
No mercado de juros, as taxas das Treasuries recuam, acompanhando o tom cauteloso. A taxa do título de 10 anos cai cerca de 3 bps, para 4,46%, enquanto o de 2 anos recua 1 bp, para 3,99%. A Treasury de 30 anos opera com queda de 3 bps, em 4,92%.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única (Stoxx 600: estável). O FTSE 100 de Londres sobe 0,4%, enquanto o DAX em Frankfurt recua 0,2% e o CAC 40 em Paris avança levemente. O setor de defesa lidera as perdas, com destaque para quedas nas ações da Rheinmetall (-3,4%), Renk (-8,0%) e Hensoldt (-3,1%), em meio ao receio com possíveis restrições adicionais da China à exportação de minerais críticos usados na produção de armamentos.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -0,1%), enquanto investidores aguardam desdobramentos do encontro entre autoridades americanas e chinesas. O clima de incerteza continua dominando o sentimento de risco.
As conversas entre Estados Unidos e China para chegar em um acordo comercial continuarão hoje.
IBOVESPA – 0,30% | 135.699 Pontos. CÂMBIO – 0,14% | 5,56/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em queda de 0,3%, aos 135.699 pontos, com a política fiscal no centro das atenções dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um conjunto de medidas que servirão como alternativa ao aumento do IOF, que, segundo ele, será “recalibrado”. Entre as propostas, destacam-se o aumento da tributação sobre apostas esportivas, o fim da isenção de IR sobre LCIs e LCAs e o fim da alíquota de 9% da CSLL para determinadas instituições financeiras, que passarão a ser tributadas em 15%.
Como resultado, o principal destaque negativo do dia foi B3 (B3SA3, -3,0%), diretamente impactada pelo fim da alíquota de 9% da CSLL. Já o principal destaque positivo foi Gerdau (GGBR4, +6,4%; GOAU4, +5,2%), após um banco de investimentos elevar a recomendação das ações para compra.
Para o pregão desta terça-feira, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação do IPCA de maio no Brasil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, o foco recaiu sobre as negociações comerciais entre EUA e China, após a sinalização de novas restrições chinesas à exportação de minérios críticos e discussões americanas sobre barreiras aos semicondutores. Apesar das tensões, o mercado interpretou os movimentos como sinais de avanço nas relações bilaterais, o que contribuiu para o alívio dos títulos do Tesouro americano.
No Brasil, o ambiente externo ajudou a suavizar a curva de juros local, após uma alta no início do pregão em reação ao anúncio do novo pacote fiscal em substituição ao aumento do IOF. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,00% (-4,50bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,47% (-4,20bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 7bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (-13,8bps); DI jan/29 em 13,64% (-9,7bps); DI jan/31 em 13,79% (-6,6bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a segunda-feira em queda de 0,96%, pressionado por rumores de que o governo pretende incluir a tributação de FIIs e Fiagros na Medida Provisória (MP) que será enviada ao Congresso nos próximos dias, visando compensar ajustes no IOF. Especula-se que a proposta prevê uma alíquota de 5% sobre os rendimentos distribuídos por estes veículos a investidores pessoa física, igualando a tributação de outros ativos que também podem perder a isenção, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, entre outros. Com isso, o IFIX acumula queda de 1,32% no mês, afastando-se da máxima histórica recente.
O destaque negativo da sessão foram os Fundos de Papel, que recuaram em média 1,13% devido ao risco de um impacto duplo da taxação, enquanto os FIIs de Tijolo registraram queda média de 0,73%. Entre as maiores altas do dia estiveram VIUR11 (+2,3%), PATL11 (+1,4%) e KORE11 (+1,0%). As maiores quedas foram de BLMG11 (-5,8%), HCTR11 (-5,7%) e URPR11 (-5,2%).
Economia
No Brasil, o Boletim Focus voltou a mostrar crescimento na mediana das projeções para o PIB em 2025. Sobre o pacote fiscal que substituirá o aumento do IOF, estimamos uma arrecadação de até R$ 26 bilhões em 2026.
Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação do IPCA de maio, que esperamos que venha em 0,32% m/m (5,38% a/a). Na agenda internacional, nenhum indicador relevante.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)