Imprensa de Israel diz que Benjamin Netanyahu aceitou proposta de cessar-fogo de 60 dias e o Hamas libertaria 10 reféns vivos e vários corpos durante a pausa
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( Publicada originalmente às 20h 03 do dia 29/05/2025)
( reeditado)
Com Euro News
(Brasilia-DF, 30/05/2025) Nesta quinta-feira, 29, a imprensa de Israel diz que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou ter aceite a proposta do enviado americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, de um cessar-fogo em Gaza e de uma troca de prisioneiros.
"Israel aceita o novo plano de Witkoff", declarou Netanyahu durante uma reunião com as famílias dos reféns detidos pelo Hamas, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete e recolhido pelos meios de comunicação social israelitas.
O Hamas também confirmou nesta quinta-feira que tinha recebido a nova proposta de cessar-fogo dos mediadores e que a estava a estudar.
Witkoff afirmou, no início da semana, que estava otimista quanto à possibilidade de negociar um acordo para pôr termo a mais de 19 meses de guerra em Gaza e garantir a libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza pelo Hamas.
"Estou muito otimista quanto à possibilidade de chegar a uma resolução a longo prazo - um cessar-fogo temporário e uma resolução a longo prazo, uma resolução pacífica do conflito", afirmou na quarta-feira.
O que contém a nova proposta?
Witkoff não divulgou o conteúdo da última proposta, mas um responsável do Hamas e um responsável egípcio confirmaram, de forma independente, alguns dos pormenores.
Falaram sob condição de anonimato para discutir as conversações sensíveis.
Segundo eles, a proposta prevê uma pausa de 60 dias nos combates, garantias de negociações sérias que conduzam a uma trégua a longo prazo e a garantia de que Israel não retomará as hostilidades após a libertação dos reféns, como aconteceu em março, quando o anterior cessar-fogo foi interrompido.
O Hamas libertaria 10 reféns vivos e vários corpos durante a pausa de 60 dias em troca de mais de 1.100 palestinianos presos por Israel, incluindo 100 que cumprem longas penas depois de terem sido condenados por ataques mortais.
Todos os dias, centenas de camiões que transportam alimentos e ajuda humanitária serão autorizados a entrar em Gaza, onde, segundo os especialistas, o bloqueio israelita, que dura há quase três meses, levou grande parte da população à beira da fome.
(da redação com Euro News. Edição: Política Real)