DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para a divulgação da PNAD Contínua
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(Brasília-DF, 29/05/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call”da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para a divulgação da PNAD Contínua.
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Nesta quinta-feira, os futuros dos EUA sobem forte (S&P 500: +1,4%; Nasdaq 100: +1,9%), após uma decisão da Corte de Comércio Internacional dos EUA anular as tarifas “recíprocas” impostas por Trump. A notícia reduziu temores fiscais e reacendeu o apetite por risco. Os mercados também reagem positivamente ao forte resultado da Nvidia, cujas ações saltaram mais de 5% no after market. A empresa superou expectativas em receita e lucro, com destaque para o crescimento de 73% na divisão de data centers.
As taxas dos Treasuries sobem (dois anos: +4 bps; 10 anos: +5 bps; 30 anos: +5 bps), acompanhando o movimento de maior otimismo nos mercados. O alívio em relação às tarifas pode ser momentâneo, já que a Casa Branca pode recorrer da decisão e utilizar outras bases legais, como a Seção 301, para reimpor medidas semelhantes.
Na Europa, as bolsas operam em baixa (Stoxx 600: -0,6%), embora subam os setores mais expostos a tarifas, como tecnologia (+1,8%), mineração (+1,1%) e automóveis (+0,9%). A decisão judicial nos EUA gerou alívio também nos rendimentos dos títulos soberanos europeus.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,6%; HSI: +1,4%) após a decisão da corte americana e com suporte da Nvidia, que animou o setor de chips na Ásia. A sessão também foi impulsionada pelo corte de juros na Coreia do Sul, de 2,75% para 2,5%, no menor nível desde agosto de 2022.
Economia
Ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulgou a ata de sua última reunião de política monetária, realizada em 6 e 7 de maio. Na ocasião, a autoridade manteve sua taxa de juros de referência no intervalo entre 4,25% e 4,50% pela terceira vez consecutiva. Segundo o documento, a ampliação da incerteza econômica no período recente – especialmente devido ao impacto potencial da guerra tarifária – justifica uma abordagem paciente em relação às decisões de juros. Acreditamos que o Fed cortará sua taxa de referência em 0,50 p.p. até o fim de 2025.
IBOVESPA -0,47% | 138.888 Pontos. CÂMBIO +0,88% | 5,69/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira (28) em queda de 0,47%, aos 138.888 pontos. A sessão foi marcada por uma alta nos juros futuros, especialmente nos vértices mais curtos da curva, após os dados do Caged de abril surpreenderem positivamente, com criação de vagas bem acima do esperado. No noticiário político, ganhou força a discussão em torno do aumento do IOF, com projetos no Congresso visando reverter a medida proposta pelo governo.
Na ponta positiva, Brava Energia (BRAV3, +4,3%) se destacou após o fundo Yellowstone solicitar a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar alterações no estatuto social, incluindo a remoção da cláusula de ‘poison pill”, que exige a realização de OPA em caso de aquisição relevante, o que deve ser positivo para o papel do ponto de vista de fluxos (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Entre os destaques negativos, Usiminas (USIM5, -4,7%) e CSN (CSNA3, -3,7%) recuaram, pressionadas pela queda no preço do minério de ferro (-0,5%) e pela decisão da Camex de renovar e ampliar a alíquota de importação de 25% sobre o aço.
Na agenda desta quinta-feira (29), destaque para a PNAD de abril no Brasil, o PIB do primeiro trimestre dos EUA e o CPI de maio no Japão.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira (28) com forte fechamento ao longo da curva. Nos EUA, a ata da reunião do Federal Reserve reforçou que a maioria dos membros do comitê que decide os juros (Fomc) enxerga a inflação como um desafio que deve ser enfrentado por mais tempo que o esperado. Além disso, o leilão do Tesouro americano de T-notes de cinco anos (US$ 70 bilhões) teve demanda de 2,39x, levemente abaixo da média (2,40x), com destaque para a forte presença de bancos centrais e investidores estrangeiros (78,4%). No Brasil, o mercado reagiu à proposta de alteração do IOF, vista como medida de aperto econômico. A abertura de 257,5 mil vagas de emprego apontada pelo Caged superou a mediana das estimativas do consenso (170 mil), mas não foi considerada suficiente para levar o Banco Central a promover nova alta de juros. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,99% (+1,1 bp vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,48% (+3,5 bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,74% (+4,3 bps); DI jan/27 em 13,94% (+9,5 bps); DI jan/29 em 13,49% (+11,6 bps); DI jan/31 em 13,68% (+7 bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com uma leve alta de 0,13%, acumulando valorização de 0,88% no mês. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolos registraram ganhos de 0,10% e 0,16% respectivamente, na sessão. Entre os destaques positivos estiveram RBFF11 (+2,3%), KORE11 (+2,1%) e TRBL11 (+1,7%), enquanto BROF11 (-2,0%), TOPP11 (-1,4%) e ICRI11 (-1,3%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
No Brasil, o relatório do Caged mostrou criação líquida de 257,5 mil empregos formais em abril, consideravelmente acima das expectativas (mediana de 170 mil). De acordo com as nossas estimativas dessazonalizadas, o saldo de vagas com carteira assinada saltou de 50 mil em março para 215 mil no mês seguinte.
Hoje, na agenda doméstica, destaque para a divulgação da PNAD Contínua. Ademais, os agentes de mercado acompanharão o resultado primário do governo central (XP: R$ 17,9 bilhões; mercado: R$ 18 bilhões) e as estatísticas do mercado de crédito (ambos referentes a abril). No cenário internacional, atenções voltadas para indicadores de atividade econômica nos EUA: PIB do primeiro trimestre – segunda leitura; vendas pendentes de moradias em abril; e pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)