31 de julho de 2025
Brasil e Poder

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e o mercado avaliando o resultado do IPCA-15 apontando para inflação abaixo ao esperado

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Mercados globais em queda

(Brasília-DF, 28/05/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais em queda e no Brasil os mercados avaliando o IPCA-15 de ontem, abaixo do que se esperava e já se trabalha com uma inflação menor do que vinha sendo estimado.

 

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%), após o Dow Jones interromper uma sequência de quatro quedas com uma alta de mais de 700 pontos ontem. O alívio veio após Trump anunciar o adiamento da tarifa de 50% sobre a União Europeia para 9 de julho. Hoje, os investidores aguardam os resultados de Nvidia como destaque principal do dia. As atenções também se voltam para a divulgação da ata da reunião de maio do Fed.

As taxas dos Treasuries operam em alta nesta manhã (2Y: +1 bp; 10Y: +3 bps; 30Y: +3 bps), com investidores monitorando os desdobramentos das negociações comerciais entre EUA e UE.

Na Europa, as bolsas abriram em queda (Stoxx 600: -0,3%), com leve alta em Londres e Paris, enquanto o DAX sobe 0,1% após renovar recorde na sessão anterior. Entre os destaques corporativos, UniCredit anunciou aumento da participação no banco grego Alpha para 20%, o que deve gerar 180 milhões de euros em lucro adicional por ano. As ações de UniCredit e Alpha sobem 2,25% e 6%, respectivamente.

Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,1%; HSI: -0,5%) sem dados macroeconômicos relevantes, mas pressionados pelos resultados ruins da PDD, que ampliaram a cautela dos investidores com o mercado local.

Economia

Depois de cinco meses de deterioração, os dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos voltaram a subir na esteira da pausa de 90 dias da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Por outro lado, as preocupações dos investidores com o aumento da dívida pública nos Estados Unidos continuam a crescer à medida que a lei abrangente sobre impostos e gastos vai é submetida ao Senado, com os juros dos títulos de 30 anos atingindo o maior patamar desde outubro de 2023.

IBOVESPA +1,02% | 139.541 Pontos.  CÂMBIO -0,53% | 5,64/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (27) em alta de 1,02%, aos 139.541 pontos, aproximando-se novamente da máxima histórica registrada na semana passada. No cenário doméstico, o IPCA-15 veio bem abaixo das expectativas do mercado, com uma composição mais benigna. Enquanto isso, os mercados dos EUA registraram forte recuperação na volta do feriado (S&P 500: +2,1%; Nasdaq: +2,4%), impulsionados pelo adiamento para 9 de julho da imposição de tarifas sobre produtos da União Europeia. Nesse cenário, a curva de juros local apresentou um fechamento significativo, com o DI jan/34 recuando 17 bps.

Como resultado, os destaques positivos do dia foram papéis mais sensíveis aos juros, como Vamos (VAMO3, +9,7%), Assaí (ASAI3, +7,6%) e CVC (CVCB3, +6,7%). Na ponta negativa temos CSN Mineração (CMIN3, -5,8%), após rebaixamento de recomendação por um banco de investimentos.

Para o pregão desta quarta-feira (28), os destaques da agenda econômica são o relatório Caged de abril e a ata da última reunião de política monetária do Fomc

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte fechamento ao longo da curva. No mercado internacional, a potencial redução das emissões de títulos muito longos por parte do Japão levou ao fechamento das taxas dos títulos das economias globais. No Brasil, além do impacto do cenário externo, os investidores foram surpreendidos positivamente com a aceleração de 0,36% do IPCA-15 de maio, que ficou abaixo das projeções do consenso (0,44% para o mesmo período), fazendo com que parte do mercado descartasse a possibilidade de uma alta adicional na taxa Selic na próxima reunião do Copom. Na curva americana, os rendimentos dos Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,98% (-1,0 bp vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,44% (-6,7 bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,69% (-3,5 bps); DI jan/27 em 13,85% (-10,5 bps); DI jan/29 em 13,37% (-21,2 bps); DI jan/31 em 13,6% (-20,4 bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com uma leve alta de 0,06%, acumulando valorização de 0,75% no mês. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolos registraram ganhos médios de 0,08% na sessão. Entre os destaques positivos estiveram VINO11 (+2,8%), BROF11 (+2,4%) e ICRI11 (+2%), enquanto RECT11 (-1,6%), CVBI11 (-1,5%) e RBFF11 (-1%) figuraram entre as maiores quedas do dia.

No Brasil, dados do IPCA-15 de maio mostraram uma desaceleração da inflação. Destaque para preços de bens industrializados, que subiram abaixo das expectativas, sinalizando o fim do repasse cambial do final do ano passado. Serviços também subiram menos que o esperado. Por fim, preços de alimentos vieram abaixo das estimativas, mas devem manter pressão no segundo semestre. O resultado adiciona um viés de baixa à nossa projeção de inflação neste ano.

Na agenda do dia, destaque para a divulgação da ata da última reunião do Fomc, o comitê de política monetária norte-americano. No Brasil, o Caged deve mostrar uma criação de 125 mil vagas de trabalho em abril, uma alta em relação ao mês de março.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)