31 de julho de 2025
Brasil e Economia

Pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, junto com CNI, aponta que perspectivas dos empresários melhorou para os próximos 6 meses

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CNIn divulga pesquisa

( Publicada originalmente às 17h 00 do dia 27/05/2025) 

(Brasília-DF, 28/05/2025) Nesta terça-feira, 27, foi divulgada a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),

As perspectivas dos empresários da indústria da construção para os próximos seis meses melhoraram.  Em maio, os indicadores que medem as expectativas em torno de novos empreendimentos e serviços, número de empregados, nível de atividade e compras de insumos e matérias-primas se tornaram mais positivas.

O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços foi o que mais se destacou na passagem de abril para maio. Subiu 2,8 pontos, para 52,8 pontos. O índice de expectativa do número de empregados cresceu 1,6 ponto, chegando também aos 52,8 pontos. Já o indicador de expectativa de nível de atividade ficou em 53,4 pontos, com alta de 1,2 ponto, enquanto o de compras de insumos e matérias-primas fechou o mês em 52,6 pontos, 0,5 ponto acima do aferido em abril.

“A aprovação de novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida em abril, com a ampliação do financiamento habitacional para famílias com renda de até R$ 12 mil e ajustes nas outras faixas, certamente contribuiu para a melhora das perspectivas das empresas do setor”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Outra boa notícia é o aumento da intenção de investimento dos industriais da construção. O indicador que mede a intenção de novos aportes subiu 2,5 pontos entre abril e maio, passando para 43,5 pontos. O índice está 5,5 pontos percentuais acima de média histórica, que é de 38 pontos.

Atividade e emprego andam de lado

Em abril, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção registrou alta de 0,1 ponto, para 47,3 pontos. Embora se trate do maior patamar para o indicador em seis meses, o resultado ficou abaixo do observado nos meses de abril de 2024 (48,4 pontos) e de 2023 (49,7 pontos). Vale lembrar que quanto o maior o índice, melhor o desempenho do setor.

Já o índice de evolução do número de empregados continuou em 48,1 pontos. O resultado é próximo do observado em abril de 2024 (48,4 pontos) e está distante do patamar visto no mesmo mês de 2023 (50 pontos).

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) – que mede o quanto as empresas do setor estão usando seus recursos disponíveis – permaneceu em 67% pelo sexto mês consecutivo. O patamar, aliás, é idêntico ao observado em abril de 2024 e 1 ponto percentual acima do nível visto em abril de 2023.

Pessimismo

Depois de avançar 1,3 ponto em relação a abril, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção fechou maio em 48,5 pontos. O indicador continua abaixo da linha divisória de 50 pontos, revelando pessimismo por parte dos empresários do setor. A alta, no entanto, aponta que a falta de confiança se tornou menos intensa e disseminada na passagem de abril para maio. Esse é o quinto mês consecutivo em que o ICEI fixa abaixo dos 50 pontos.

A ausência de confiança está menor porque a avaliação dos empresários sobre as condições atuais e sobre as expectativas para os próximos seis meses melhorou.

O índice de condições atuais subiu 1,2 ponto entre abril e maio, para 44 pontos. A alta foi influenciada, principalmente, pela melhor percepção dos empresários sobre o presente da economia brasileira, embora ela ainda seja negativa.

Já o índice de expectativas, agora em 50,7 pontos, aumentou 1,3 ponto na passagem para maio, cruzando a linha divisória, o que aponta que a avaliação dos empresários do setor para os próximos seis meses tornou-se positiva.

Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 313 empresas: 115 de pequeno porte; 130 de médio porte; e 68 de grande porte, entre 5 e 14 de maio de 2025.

(da redação informações  e textos de assessoria. Edição: Política Real)