31 de julho de 2025
Brasil e Poder

Hugo Motta, rebatendo Haddad, diz que “Estado não gera riqueza – consome. E quem paga essa conta é a sociedade” e critica aumento do IOF

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Hugo Motta se manifestou, também, nas redes sociais

( Publicada originalmente às 14h 35 do dia 26/05/2025) 

(Brasília-DF, 27/05/2025)   Nesta segunda-feira, 26, nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado e revogado parcialmente  pelo governo na última quinta-feira,22. "O Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício", afirmou. Para Motta, "o Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar.

O governo anunciou a alta do IOF como parte de uma estratégia para aumentar a arrecadação federal, mas voltou atrás horas depois do anúncio. O Executivo ainda avalia uma compensação para essa mudança de planos.

“Lembrando o que disse logo que assumi: o Estado não gera riqueza – consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, afirmou ele em suas redes sociais.

A manifestação de Motta nas redes sociais se dá, na prática como uma resposta ao ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que numa entrevista ao jornal "O Globo", ontem, 25, disse que  o país vive um “quase parlamentarismo” e que “quem dá a última palavra sobre tudo é o Congresso”.

Em entrevista nesta segunda-feira, 26, no Rio de Janeiro, Haddad afirmou que o governo definirá até o fim desta semana formas de compensar os recuos sobre o aumento de algumas alíquotas do IOF.

“Temos até o final da semana para decidir como vamos compensar, se é com mais contingenciamento ou com alguma substituição”, disse Haddad.

Sobre as críticas em relação ao aumento do custo do crédito devido à alta do IOF, Haddad disse que a elevação da taxa básica de juros também “aumenta o custo do crédito e nem por isso os empresários deixam de compreender a necessidade da medida”. Ele também fez uma comparação com o governo anterior, dizendo que as alíquotas, naquele momento, eram ainda maiores.

“Queremos resolver isso o quanto antes, o fiscal e o monetário para voltar a patamares adequados tanto de tributação quanto de taxa de juros para o país continuar crescendo”, disse Haddad, ao deixar o evento, no BNDES.

( da redação com informações da Ag. Câmara e da Ag. Brasil. Edição: Política Real)