DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil a expectativa para divulgação do PIB
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(Brasília-DF, 26/05/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção para a divulgação do PIB nesta semana.
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Mercados globais
Nesta segunda-feira (26), os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +1,2%; Nasdaq 100: +1,4%), após uma semana negativa marcada por nova escalada nas tensões comerciais. Na sexta-feira, o S&P 500 recuou 0,7% e o Nasdaq 1%, após Donald Trump afirmar que iPhones vendidos nos EUA precisarão ser produzidos domesticamente, sob pena de tarifas de 25%, e recomendar uma tarifa ampla de 50% sobre produtos da União Europeia a partir de 1º de junho. No domingo, Trump recuou e adiou a medida para 9 de julho, após conversa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
As taxas dos Treasuries recuaram na sexta-feira, com alívio parcial após o susto inicial (dois anos: -1 bp; 10 anos: -4 bps; 30 anos: -3 bps).
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +1,1%), com o adiamento das tarifas sobre a UE. O CAC 40 sobe 1,2% e o DAX avança 1,7%, impulsionados por ações do setor automotivo (BMW +1,3%; Mercedes +1,6%; Volkswagen +1,4%), altamente exposto ao mercado americano. O índice de Londres está fechado por conta do feriado. Em destaque, a farmacêutica Zealand Pharma sobe +7,3% após revisão positiva da Cantor Fitzgerald.
Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,6%; HSI: -1,4%), em dia de realização de lucros após semanas de otimismo e com novos sinais de enfraquecimento da demanda doméstica. Na sexta-feira, o governo chinês e os EUA afirmaram que pretendem manter o canal diplomático aberto após conversas entre autoridades de alto escalão. No Japão, o Nikkei subiu 1% e o Kospi avançou 2% com forte recuperação de empresas exportadoras. O dólar segue estável frente ao iene, enquanto o petróleo Brent opera a US$ 81,70.
Economia
O presidente Donald Trump adiou a data de implementação da tarifa de 50% sobre importações da União Europeia para 9 de julho. A medida estava inicialmente prevista para entrar em vigor em 1º de junho, conforme declarado na sexta-feira. No Brasil, o governo implementou um aumento relevante na alíquota do IOF sobre operações de crédito envolvendo pessoas jurídicas. De acordo com nossos cálculos, isso corresponde a um aumento entre 0,25 e 0,50 p.p. na taxa Selic.
Na agenda internacional, o destaque desta semana será a divulgação do índice deflator do PCE, o indicador de inflação mais relevante para o Fed, banco central dos Estados Unidos. Além disso, a autoridade divulgará a ata da última reunião de política monetária.
IBOVESPA +0,40% | 137.824 Pontos. CÂMBIO -0,27% | 5,64/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1% em reais e em dólares, aos 137.824 pontos, após ter ultrapassado a marca dos 140 mil pontos na terça-feira (20).
O principal destaque positivo da semana foi Raízen (RAIZ4, +25,1%). A B3 questionou a empresa sobre a oscilação nas ações, e a companhia afirmou desconhecer qualquer fato relevante não divulgado que pudesse justificar o movimento. Além disso, JBS (JBSS3, +7,3%) também se destacou, impulsionada pelo sentimento positivo em torno do seu processo de dupla listagem, que foi aprovado na sexta-feira (23).
Na ponta negativa, Cogna (COGN3, -7,9%) recuou após o anúncio de um novo decreto do governo com mudanças nas regras da educação a distância (EaD) (veja mais detalhes aqui).
Renda fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento na parte curta e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –94,00 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -82,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,56% a.a. (vs. 7,46% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,73% (- 1,5 bps); DI jan/31 em 13,84% (+8 bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira com alta de 0,10%, acumulando uma valorização de 0,81% no mês. Os Fundos de Tijolos lideraram a sessão, com valorização média de 0,20%, enquanto os FIIs de Papel tiveram um desempenho mais discreto, com alta média de apenas 0,01%. Entre os destaques positivos estão BLMG11 (+2,6%), PVBI11 (+1,6%) e SPXS11 (+1,5%). Já os destaques negativos foram BRCR11 (-1,2%), VIUR11 (-1,0%) e RVBI11 (-1,0%).
No Brasil, o protagonismo desta semana será a divulgação do PIB do primeiro trimestre deste ano, que deverá mostrar forte avanço da agropecuária e demanda doméstica sólida. Ainda do lado da atividade, a geração de empregos formais (relatório CAGED) e a PNAD Contínua serão publicadas. Por fim, conheceremos o IPCA-15 de maio, cujas métricas subjacentes continuarão sob pressão.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)