Acredite! Ainda não começou!

(Brasília-DF) Dizem que governos se montam honrando o passado e mirando o futuro.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva(PT) será diplomado, junto com seu vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin(PSB), nesta segunda-feira, 12. Gostem-se ou não.

Como é sabido, Lula terá missões mais difíceis que dar picanha e cerveja a seus eleitores e eleitoras. São muitos desafios:  apaziguar o país, desarmar ânimos, levar as Forças Armadas para suas missões constitucionais, manter a democracia em pé, retomar crescimento e desenvolvimento, reduzir desigualdades, tirar o Brasil do mapa da fome, trazer a felicidades de volta......Olha são tantas as missões que não se imagina isso possível em quatro, oito ou mais anos. 

Avalia-se que depois do que vivemos, Lula terá a missão de dar um início seguro para a busca de várias das conquistas nacionais redentoras que tanto imaginamos. As pesquisas,  as primeiras, sinalizam que a polarização continua mas as pessoas querem que o novo governo dê certo e que algo está sendo feito dentre de alguma ordem.

Nesta segunda semana de dezembro, Lula começará a montar de vez seus Ministério. Ainda não se sabe quantos, mas é certo que serão mais que os atuais. Lula precisa atender sua frente de apoio e o arco de alianças que surgiu no segundo turno das eleições.

O PT dele quer ficar na frente da fila, mas é evidente que isso não pode ocorrer.   Lula só começará, no Governo, a dar certo se o PT não for a estrela que dominará o bolo. Como conversar com o Brasil profundo que deu 58 milhões de votos para Jair Bolsonaro e sua extrema-feira?

Não precisa ser um gênio para saber que ministérios do coração do novo poder devem e precisam estar nas mãos da turma que o apoiou no segundo turno e que se apresenta, sinceramente, para a governabilidade, mas não é só nessa obviedade nacional. Lula precisa honrar as mulheres, que não são só estiveram com ele mas são a cara do Brasil que busca dar certo!

As mulheres que comandaram a sociedade, especialmente no atendimento médico, durante a crise da pandemia, que eram as que mais queriam se vacinar, as que estavam preocupadas com seus filhos que não tinham vacinas, as que mais empreenderam durante e no pós-pandemia, as mães evangélicas que mais provocaram a baixa classe média que sofreu com o fechamento das atividades durante a pandemia. 

Lula, nesta quinzena, terá mais responsabilidade pela frente que as importantes indicações que fez na última sexta-feira na lida com a banca, com as Forças Armadas e as polícias. Lá ele agiu e mandou sinais que já vinha prenunciando. Cuidadosamente, foram recebidos na medida certa. Nesta segunda fase, agora, não há como ele enfrentar de forma controlada o cenário. O buraco é mais embaixo.

Lula terá que pressionar seu partido na medida certa para o lado. Não pode ser nem para trás e nem para frente! Lula pode acertar e errar mesmo que encha de mulheres o primeiro escalão e atenda seu arco de alianças.  Ele precisa saber escolher, compensar, acolher, atender, coroar e ao mesmo tem não parecer um mero encantador de serpentes - um animador do serpentário nacional!

Lula, como se sabe, tem muito a fazer e pelo que fazer, goste-se dele ou não, mas não resta dúvida que esta semana se estabelecerá um marco em seu governo, que acredite, ainda não começou!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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