A prisão da eminência parda

O ex-senador Gim Argelo, que transitou ou transita pela política do Distrito Federal e nacional com desenvoltura, foi preso nesta manhã. Ele sempre atuou ao lado dos mandantes, como Joaquim Roriz, Dilma Rousseff e Renan Calheiros, entre outros.

Com a saída forçada de Roberto Jefferson do cenário político por conta da condenação do mensalão, Argelo subiu de cotação dentro do PTB. Tanto é que foi líder da bancada e um dos articuladores de primeira linha da República petista.

Ganhou de presente um mandato de senador por oito anos, após um escândalo avassalador que atingiu o ex-governador Joaquim Roriz. Este populista que ainda provoca paixões no eleitorado brasiliense, não aguentou a pressão e desistiu do mandato nos primeiros dias após a posse.

Gim Argelo fez bom uso do mandado- se é que me entende.

Se aproximou de Dilma com uma estratégia simples: começou a caminhar com ela no Lago Sul quando ainda era chefe da Casa Civil do governo Lula. De imediato também se aproximou do senador Renam Calheiros e de gente como os senadores Édison Lobão e Romero Jucá.

Sua prisão acontece um dia após a votação do relatório que aceitou a continuidade do processo de impeachment da presidente. E quando acontece a reestreia de Roberto Jefferson na política, pois foi anistiado pelo STF.

Se Gim Argelo abrir a boca vai sobrar pra muita gente.

Pode até não abrir, mas se documentos comprovarem parte de suas periféricas, o esquema do petróleo será ainda mais visível a olho nu.

No cofre aberto esta manhã na sua residência no Lago Sul pode existir documentos que indiquem muitos caminhos nebulosos. É conferir.