31 de julho de 2025

Cavalo de pau e o preço da economia

A presidente amarga uma impopularidade histórica

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A primeira terça-feira de fevereiro  começa com o fim do recesso Parlamentar. No Judiciário, o ano começou ontem com uma sessão no Supremo Tribunal Federal. Os dias parados nesse Poder chegam a 182 dias. Um absurdo diante das urgências que esse país tem.

No Executivo, governadores e a presidente Dilma se movimentam desde janeiro. Tudo bem, o Brasil começa a trabalhar depois do Carnaval – como se diz no popular. Mas a vida real chegou bem mais cedo para o brasileiro que se assusta com o desemprego crescente.

Dilma deve ir hoje à tarde ao Congresso Nacional na abertura dos trabalhos legislativos. É um esforço para se aproximar da base que a esta altura já não é a mesma. A presidente amarga uma impopularidade histórica e o conceito negativo do governo bate recorde.

Seu padrinho político,o ex-presidente Lula, está em palpos de aranha ao ser acusado de enriquecimento ilícito. Acuado, o PT gasta os argumentos diante da incredulidade pública. Nas redes sociais perde a batalha. A prova dos nove será nas eleições municipais de outubro, quando será possível ver o capital petista que restou.

Fora dos gabinetes palacianos, o cotidiano é bem mais amargo. Os preços dos produtos estão cada vez mais caros, a produção cai e a inflação sobe, a arrecadação de impostos e taxas despencam, mas os gastos das administrações públicas não param de crescer. No imaginário popular, aparentemente não há luz no fim do túnel.

A crise para quem disse que não existia é séria, inclusive com implicações políticas. Há a construção de um ambiente propício para um cavalo de pau. Radicais de todos os lados que o digam.