Os erros da convocação a favor do impeachment

Domingo foi dia de protesto a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). O número de manifestantes foi menor que o último realizado em setembro.

Ponto para o governo. Bem, nem tanto.

É preciso considerar que a convocação foi menor que a anterior nas redes sociais. Houve participação de mais políticos. E político, como você sabe, tem pouco crédito.

A data não ajudou. Natal é a prioridade do momento, assim como as férias já fazem a alegria para o Ano Novo.

As várias ideias que pululam no cenário pró-impeachment afasta muita gente. Democracia e apoio à ditadura, por exemplo, não cabem na mesma sala. A pauta extensa e confusa divide discursos e pessoas.

A militância partidária está fora das ruas. Este pessoal dá o ingrediente necessário a uma politização do evento público. Registre-se que a militância também está distante dos movimentos a favor da presidente.

O cenário político, de uma forma geral, não atrai o brasileiro comum ou mesmo aquele com maior participação partidária.Há insatisfação popular, mas não capaz de levar o povo para a rua.

A movimentação pelo impedimento da presidente também não bateu fundo na consciência coletiva. É muito difícil explicar essas pedaladas. A contrainformação do movimento a um golpe à democracia cria confusão, insegurança e contrariedade no eleitor.

Como tinha dito anteriormente, em outro texto aqui publicado, uma coisa é o Congresso e o Planalto. Outra, é a cabeça do brasileiro que “odeia política”.

Por enquanto, a economia que segue, infelizmente, para o abismo segura a administração palaciana.

Depois de janeiro será outra coisa para o governo, para a oposição e para o Brasil.