Um fio de bigode a menos sem LHS e Mendes Ribeiro
Perde parte da política e perdemos um pouco da velha guarda
Luiz Henrique da Silveira foi prefeito de Joinville. Foi governador de Santa Catarina. E um discípulo do finado Ulisses Guimarães.
Mendes Ribeiro Filho era um daqueles gaúchos típicos. Tinha bom trânsito e respeito entre seus pares. Quando estive no Congresso, via Mendes Ribeiro sempre com um livro embaixo do braço. Lia muito.
Esses dois personagens morreram no mesmo dia. Perde o PMDB mais autêntico. Perde parte da política e perdemos um pouco da velha guarda. Um pouco do fio de bigode que é imprescindível nas articulações políticas.
No caso de Luiz Henrique, morre também um adversário de Renam Calheiros e de José Sarney. Mitos do bem e do mal, como queiram.
Tudo bem, político é político. Mas há diferenças. Muitos chegam no Congresso ou nas assembleias legislativas sem compromisso, sem história e sem valor. E por mais que se abomine a política, é com ela que esse país anda. Bem ou mal, precisamos dela.
A morte de Mendes Ribeiro ou de Luiz Henrique não provocou um clamor, uma tristeza coletiva capaz de levar milhares às ruas. E nem este fato embalou as mídias. Todavia, a ausência deles no cenário político fará falta.