O mal não é para sempre

(Brasília-DF)  Completam-se 100 dias do segundo governo da Presidenta Dilma na próxima sexta-feira,10. Enfim, a semana categórica de qualquer início de governo. Sem dúvida que as mais recentes pesquisas de opinião não são nada fáceis para a Chefe de Governo e sua equipe mais próxima. Revela-se que o eleitorado, na região Nordeste, está irritadíssimo com a Presidenta.

 

O presidente do instituto Data Popular, Renato Meirelles – órgão que ficou especializado em pesquisar o grupo de pessoas que entrou na classe média nos últimos 10 anos – disse, em recente entrevista, que a população, 40 milhões de pessoas – que chegou a classe C mesmo com as perdas tremendas que vem enfrentando e vai enfrentar - não deve voltar às classes D e E neste ano. Na entrevista que ele concedeu ao “Correio Braziliense”, durante a Semana Santa,  afirmou que enquanto a Classe A chora a classe D vai vender lenços.  O drama é grande, mas guardadas as imagens não há que se duvidar do tamanho do esforço que todos faremos neste e no próximo ano.

 

Os nordestinos deverão continuar dando ao Governo Federal os seus melhores índices de avaliação. A se continuar essas dificuldades deveremos ver os nordestinos ainda mais irritados. Diz-se que as camadas populares não costumam ir às ruas, porém é nítido que esses vem dando, e darão ,apoio às próximas manifestações.

 

É muito fácil falar mal do governo nesses dias. É impressionante que mesmo alguns partidos, ,como o PP, tendo mais da metade de seus quadros com inquéritos funcionando no STF por conta da Operação Lava Jato e o PMDB com seus dois principais líderes no Congresso Nacional sob as mesmas condições, estejam vivendo como se nada estivesse acontecendo. Agora, não é nem bom que o Governo Federal tente alguma manobra, pois o  Congresso tende a fazer mais estragos.  Na semana passada, já sob novo comando na Comunicação Social, o Governo Federal tentou gerar alguns fatos positivos.

 

O Governo Federal, há semanas, vive agruras. Não consegue gerar fatos positivos.  O melhor deles que foi a manutenção da nota de grau de investimento pela Standard’s and Poor’s porém foi inaudível, não se conseguiu virar grande coisa.

 

Os idos de março se foram e cabe ao Governo tentar enfrentar seus dilemas de comunicação. Todos só falam que as dificuldades não vão passar. Esta semana com ida do tesoureiro do Partido dos Trabalhaodres, João Vaccari Neto, à “CPI da Petrobras” justo na sétima onde está marcada mais uma manifestação nacional contra o Governo Federal, imagina-se que o mundo vai desabar. De fato não será fácil, no entanto cabe ao novo comando de comunicação do Governo Federal, que estava acéfalo faz mais de um mês - encontrar convicções sem soberba.

 

Todos sabem que até um mal-governo tem muito de um bom governo para falar. Todos falam que os números atuais do segundo governo Dilma se assemelham aos piores dias de Color de Melo e José Sarney.  Todos sabem que o melhor de Collor de Melo foi a abertura econômica ,enquanto o melhor de Sarney foi a democracia.  Dilma, em seu inferno, tem o que contar. Se no seu pior momento, Dilma tem o que extrair em imaginar quando o dilúvio passar!

 

Não é bom esquecer que não há mal que dure para sempre não bem que seja eterno.

Resta saber, se a inominada incompetência política contamina a todos!

 

Por Genésio Araújo Jr

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