Alagoas

NORDESTE EM MANCHETE: Cargo de presidente gera impasse para eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas

Grupo de oposição à antiga direção da Casa, que teve seus integrantes afastados por decisão judicial, insiste na indicação da "cabeça" da chapa

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(Brasília-DF, 19/11/2013) Marcada para esta terça-feira, 19, as eleições para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), cujos integrantes foram afastados dos cargos por decisão judicial, pode ser adiada mais uma vez, devido a falta de consenso entre os dois grupos que disputam as cadeiras. A informação é do site CadaMinuto, de Maceió (AL).

Segundo Judson Cabral (PT), pré-candidato à presidência da Casa, o grupo da oposição à antiga Mesa Diretora está alinhado com as bancadas do PT, PMDB, PDT e Solidariedade e insiste na indicação da “cabeça” da chapa, um dos principais motivos do impasse.

“É preciso haver consenso, porque qualquer um dos grupos precisa da adesão de 14 parlamentares votantes, o que significa que a composição terá que ser ampla”, afirmou, referindo-se à necessidade de um entendimento entre seu grupo e o que tem Jeferson Morais (DEM) como pré-candidato a presidente.

Cabral explicou que sua candidatura não é irreversível e que continua conversando com todos os colegas, inclusive Morais. “Esperamos que até amanhã essas conversas consigam encerrar o impasse, mas se não conseguirmos compor uma chapa com propostas moralizadoras isso não acontecerá”, destacou.

O petista acrescentou que não há hostilidade entre os grupos, apenas articulações: “De um lado existe o grupo do governo, que é mais ligado à Mesa Diretora afastada e do outro, o nosso grupo, que está mais isolado desse contexto”.

A reportagem tentou contato telefônico por diversas vezes com o deputado Jeferson Morais, mas não obteve êxito. 

Aliança

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Celso Luis, atual prefeito de Canapi, vem retomando, paulatinamente, a sua influência na política local- e bem ao estilo: discreto, porém acumulando poder a cada nova articulação.

De acordo com o colunista Ricardo Mota, do site TNH1, de Maceió (AL), “muitos imaginavam que ele não conseguiria retornar à condição de protagonista na política alagoana. Mas lá onde atua com mais força, no Sertão, Celso Luiz vai costurando seu reingresso no poder central”.

Celso Luiz virou “homem de confiança” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do senador Fernando Collor (PTB-AL), que ele quer ver unidos em 2014.

Mas o paulatino afastamento de ambos pode ser o dado com o qual o prefeito de Canapi não contava para o seu projeto de ser, de novo, um dos poderosos da política local (a exemplo do papel que cumpriu nos governos Ronaldo Lessa).

“Ex-primo” do senador pelo PTB ― contra quem ficou em 2002, na disputa entre “elle” e Lessa ―, Celso Luiz deve lançar um irmão como candidato a deputado estadual, no próximo ano.

(Da Redação da Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)