Nada como uma sapatada!
A coluna de Genésio Araújo Jr é publicada todos os domingos, aqui
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( Brasília-DF) Todas as pesquisas sobre desempenho dos poderes e das instituições apontam os políticos como os piores avaliados.
No mundo inteiro é assim. Os políticos estão sempre na berlinda – é bom que seja assim, eles são pagos pela sociedade para sermos nós no exercício do poder representativo. Eles são tão iníquos como nós.
Nos últimos dias além de vermos o crescimento do poder sulista, gaúcho precisamente, vimos se falar sobre as derrotas do Governo Federal imposta por essas víboras: os políticos. Da Presidenta Dilma Rousseff. Como a maioria dos brasileiros e brasileiras reconheço na administração da Chefe de Governo, e Estado, bem mais méritos que deméritos, no entanto foi salutar vermos que ela não pode tudo.
A Presidenta foi interrompida, por gente que, certamente, não convidaríamos para jantar em nossas casas. Por que teríamos que comemorar decisões de gente que certamente não têm os mesmo prestígio de nossa Presidenta!? É bom lembrar que as decisões do Senado Federal, no caso da não-recondução de Bernardo Figueiredo para o comando da ANTT, e do Supremo Tribunal Federal, como no caso da não-anulação da criação do Instituto Chico Mendes, ICMbio, são legítimas e legais. Uma pareceu uma vendeta e a segunda uma trapalhada tecnicista. São boas atitudes, são salutares para a democracia brasileira.
A Presidenta que foi apresentada a micro política na primeira semana de março e não escondeu seu constrangimento se viu de frente à velha teoria de Franklin dos pesos e contrapesos. Nossa democracia é diferente da americana do “fundador” Franklin, mas temos poderes como o Legislativo e Judiciário. Os políticos não devem ser tratados como pestilentos, eles representam alguém e algo. A Presidenta deve ter uma relação respeitosa e ver que tem que ser na medida do apoio de 18 partidos. A soberba é péssima conselheira. Se sabe que até petistas teriam votado contra ela no Senado na última quarta. Quanto aos senhores e senhoras ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal, a aparente patuscada de querer acabar com algo que já existe e mexer com tudo que vem sendo feito no país desde os anos 90 – influi na tramitação das medidas provisórias, vai dar novo poder aos outros poderes. Oxigeniza.
Talvez nada disso tivesse acontecido se a Senhora Presidenta tivesse outro estilo, mais efetuosa e cuidadosa com os outros poderosos.
A Política é fantástica por conta destas e outras peças que são eventualmente, e episodicamente, apresentadas.
Não custa nada relembrar que no apagar das luzes da semana a Presidenta tirou mais um baiano, um nordestino, e colocou mais um sulista, um gaúcho no primeiro escalão. Antes de começar este Governo escrevi, basta procurar por aí, que a tendência seria Dilma tentar se fortalecer onde teve menos votos. Na vida é assim, se busca ter prestígio e reconhecimento onde se criou(politicamente), nada como o olhar respeitoso dos vizinhos de rua.
Eis o mistério da fé.
Por Genésio Araújo Jr, é jornalista
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