Nordeste e o Gênero.
Mulheres têm maior incapacidade de enxergar, caminhar e subir escada; entre os homens, a incidência da surdez é maior No Nordeste, as mulheres enxergam menos.
( Brasília-DF, 22/05/2006) Em relação à deficiência, foram selecionados três indicadores para exemplificar as diferenças entre homens e mulheres: incapacidade de enxergar, ouvir e caminhar e subir escada. De 1991 e 2000, levando-se em conta o total da população no país, houve redução nos percentuais de pessoas que tinham incapacidade de enxergar e ouvir tanto para homens como para mulheres. Em 1991, para cada 100 mil homens, 105 não enxergavam, enquanto entre as mulheres o número era de 93,9. Em 2000, esses números passaram, respectivamente, para 83,9 e 90,3, comprovando uma maior incidência de mulheres incapazes de enxergar. Essa incapacidade de enxergar entre as mulheres é maior nos estados do Nordeste.
No caso da incapacidade de ouvir, a incidência é maior entre os homens: para cada 100 mil homens em 2000, 103,4 eram surdos, enquanto entre as mulheres a relação era de 92,7. Em 1991, esses valores correspondiam a 125,1 e 111,5, respectivamente. A incidência da surdez é mais comum nos estados de Piauí, Paraíba, Pernambuco e Sergipe (Nordeste), no Tocantins (Norte) e em Goiás (Centro-Oeste).
O Censo de 1991 não investigou a incapacidade de caminhar e de subir escada. Observa-se, no entanto, que em 2000, grande parte da população apresentava essa deficiência, em especial, as mulheres nordestinas. Para cada 100 mil mulheres, 346,5 tinham incapacidade de caminhar ou subir escada, enquanto para os homens, a relação era de 329,3.