31 de julho de 2025

Nordeste e Gênero.

Contribuição média do ganho da mulher chefe no rendimento familiar cresce 56 por cento; Segundo os números divulgados, municípios paraibanos chegaram a ter 100 por cento das chefes de família ganhando meio salário mínimo.

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( Brasília-DF, 22/05/2006)  No Brasil, em 2000, havia 48,2 milhões de famílias em domicílios particulares, sendo que 27,0% eram chefiadas por mulheres.  Entre 1991 e 2000, esse aumento da chefia das mulheres representou um aumento absoluto de 66% e relativo de 29%.

Entre as famílias com os menores rendimentos, em 2000, 28,2% tinham rendimento familiar de até ½ salário mínimo per capita. Um aspecto importante que ajuda no subsídio de políticas públicas é quantificar o número de famílias que têm crianças com até seis anos de idade, uma vez que o desenvolvimento delas em famílias carentes, sem uma rede de apoio social (creches, programas especiais etc), pode ser comprometido.  Entre o total de famílias brasileiras, 34% tinham crianças nesta faixa etária, sendo que, destas, 44% viviam com rendimento familiar de até ½ salário mínimo per capita.

            As maiores proporções de famílias chefiadas por mulheres que tinham, em 1991, rendimento mensal familiar de até ½ salário mínimo estavam concentradas nos municípios de Curral Velho (PB, 100%), Nova Aliança do Ivaí (PR, 100%) e Salgadinho (PB, 96,0%), enquanto em Água Comprida (MG), Pedro Dourada (MG) e Chapadão do Sul (MS) o percentual ficou em 0%.  Em 2000, Santa Rosa do Purus (AC, 100%), Ipueiras (TO, 100%) e Carmolândia (TO, 93,4%) detinham os maiores percentuais.

Quanto ao indicador do número médio de pessoas na família, verificou-se que, entre as que tinham os menores rendimentos, o número de componentes é maior.  Em 2000, o número médio de pessoas nas famílias era de 3,5 pessoas, enquanto naquelas com rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo esse número chegava a 4,2 pessoas.  Já nas famílias chefiadas por mulheres e que tinham rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo, o número médio de pessoas era menor (3,3 pessoas).

Com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho e o aumento do número de famílias chefiadas por mulheres é cada vez mais comum elas contribuírem para o sustento das famílias.  Na passagem de 1991 para 2000, a contribuição média do rendimento da mulher chefe no rendimento familiar cresceu cerca de 56%, passando de 24,1% para 37,7% no período.

( da redação com informações do IBGE)