31 de julho de 2025

Bahia.

Líder da Minoria critica Codevasf e Integração por investir em Carnaval do Rio; Aleluia fez críticas em artigo.

Publicado em

( Brasília-Df, 22/06/2005) A Política Real teve acesso a um artigo assinado pelo deputado José Carlos Aleluia(PFL-BA), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, oportunidade em que critica a decisão da Codevasf, empresa ligada ao Ministério da Integração em financiar carnaval carioca tendo como tema o São Francisco e a transposição.

 

A Política Real publica o artigo, na íntegra, que foi publicado originalmente, hoje, no informativo do PFL, na Câmara Federal. Confira:

 

 

“Transposição do Carnaval”

 

 

A Codevasf, instituição dos nordestinos que atua no Rio São

Francisco e se estende aos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco,

Alagoas, Sergipe e Piauí, sempre contou com recursos escassos. Agora, porém

— surpreendam-se com uma verdadeira pérola —, a Escola de Samba Estação

Primeira de Mangueira solicitou ao ministro da Integração Nacional patrocínio de

quatro milhões de reais para desenvolver seu enredo sobre o Rio São Francisco

no Carnaval de 2006.

 

 

O ministério encaminhou o pedido para a análise

da Codevasf, responsável pela concessão. E a diretoria da Codevasf —

pasmem!— aprovou esse auxílio de quatro milhões solicitado pela escola de

samba. Esse dinheiro vai ser retirado do ribeirinho e do nordestino pobre, para

irrigar, supõe-se, uma provável campanha de Ciro Gomes ao governo do Rio de

Janeiro.

 

 

 

A assessoria jurídica da Codevasf se manifestou favorável ao patrocínio e ainda

disse mais: com inexigibilidade de licitação, por se tratar de

serviço de publicidade, compreendido nas ações de

comunicação do governo, bem como pelo fato de apresentar o

tema de desfile da Mangueira a possibilidade de sensibilizar a

população para a importância do Rio São Francisco.

Certamente, com isso, pretende-se amparar a sangria que o

governo Lula quer fazer no São Francisco com essa

famigerada transposição do rio para enganar os nordestinos.

Ademais, o presidente da Mangueira, Álvaro Caetano, informou ao Correio

Braziliense, conforme matéria publicada em recente edição,

que a polêmica transposição do São Francisco será tratada

de modo a buscar apoio popular para a medida.

 

É pena que eu tenha de tentar barrar uma

agressão ao Nordeste e ao patrimônio do povo nordestino.

Praticamente todas as obras do Rio São Francisco — os projetos de irrigação — estão paralisadas por falta de dinheiro, mas há quatro milhões de reais para mandar para a Mangueira, no Rio de Janeiro. Adoro o Rio de Janeiro e seu Carnaval, mas não tanto quanto gosto do da Bahia e do de Pernambuco.

Por isso, estou dando entrada a uma ação popular com pedido de liminar contra

essa agressão ao patrimônio nacional.

 

A obra de transposição do Rio São Francisco será o maior desperdício de dinheiro

público da história brasileira. A propósito, tenho dito que ela não será concluída e o que for feito servirá de mausoléu para o governo do presidente Lula.

Gostaria de ter a isenção dos analistas cariocas, paulistas, catarinenses, gaúchos

ou internacionais. Não há uma agência internacional que deseje financiar essa obra. O governo não a leva ao Banco Mundial, ao Banco Interamericano ou ao KFW Bankengruppe, porque eles não aceitam financiá-la. O presidente Lula colocou em sua cabeça que isso é bom para o Brasil, e o ministro da Integração ainda quer fazer a transposição do carnaval.

 

 

 

(da redação com informações do Informativo do PFL)