Bahia.
Líder da Minoria critica Codevasf e Integração por investir em Carnaval do Rio; Aleluia fez críticas em artigo.
( Brasília-Df, 22/06/2005) A Política Real teve acesso a um artigo assinado pelo deputado José Carlos Aleluia(PFL-BA), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, oportunidade em que critica a decisão da Codevasf, empresa ligada ao Ministério da Integração em financiar carnaval carioca tendo como tema o São Francisco e a transposição.
A Política Real publica o artigo, na íntegra, que foi publicado originalmente, hoje, no informativo do PFL, na Câmara Federal. Confira:
“Transposição do Carnaval”
A Codevasf, instituição dos nordestinos que atua no Rio São
Francisco e se estende aos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Piauí, sempre contou com recursos escassos. Agora, porém
— surpreendam-se com uma verdadeira pérola —, a Escola de Samba Estação
Primeira de Mangueira solicitou ao ministro da Integração Nacional patrocínio de
quatro milhões de reais para desenvolver seu enredo sobre o Rio São Francisco
no Carnaval de 2006.
O ministério encaminhou o pedido para a análise
da Codevasf, responsável pela concessão. E a diretoria da Codevasf —
pasmem!— aprovou esse auxílio de quatro milhões solicitado pela escola de
samba. Esse dinheiro vai ser retirado do ribeirinho e do nordestino pobre, para
irrigar, supõe-se, uma provável campanha de Ciro Gomes ao governo do Rio de
Janeiro.
A assessoria jurídica da Codevasf se manifestou favorável ao patrocínio e ainda
disse mais: com inexigibilidade de licitação, por se tratar de
serviço de publicidade, compreendido nas ações de
comunicação do governo, bem como pelo fato de apresentar o
tema de desfile da Mangueira a possibilidade de sensibilizar a
população para a importância do Rio São Francisco.
Certamente, com isso, pretende-se amparar a sangria que o
governo Lula quer fazer no São Francisco com essa
famigerada transposição do rio para enganar os nordestinos.
Ademais, o presidente da Mangueira, Álvaro Caetano, informou ao Correio
Braziliense, conforme matéria publicada em recente edição,
que a polêmica transposição do São Francisco será tratada
de modo a buscar apoio popular para a medida.
É pena que eu tenha de tentar barrar uma
agressão ao Nordeste e ao patrimônio do povo nordestino.
Praticamente todas as obras do Rio São Francisco — os projetos de irrigação — estão paralisadas por falta de dinheiro, mas há quatro milhões de reais para mandar para a Mangueira, no Rio de Janeiro. Adoro o Rio de Janeiro e seu Carnaval, mas não tanto quanto gosto do da Bahia e do de Pernambuco.
Por isso, estou dando entrada a uma ação popular com pedido de liminar contra
essa agressão ao patrimônio nacional.
A obra de transposição do Rio São Francisco será o maior desperdício de dinheiro
público da história brasileira. A propósito, tenho dito que ela não será concluída e o que for feito servirá de mausoléu para o governo do presidente Lula.
Gostaria de ter a isenção dos analistas cariocas, paulistas, catarinenses, gaúchos
ou internacionais. Não há uma agência internacional que deseje financiar essa obra. O governo não a leva ao Banco Mundial, ao Banco Interamericano ou ao KFW Bankengruppe, porque eles não aceitam financiá-la. O presidente Lula colocou em sua cabeça que isso é bom para o Brasil, e o ministro da Integração ainda quer fazer a transposição do carnaval.
(da redação com informações do Informativo do PFL)