Nordeste e a Cesta Básica

( Brasília-DF,09/11/2004)  Repetindo o comportamento apurado no mês anterior, o custo do conjunto de gêneros essenciais voltou a cair, em outubro, em quinze das dezesseis capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Apenas em Belo Horizonte o valor da ração essencial mínima – conforme definida no decreto lei 399, de abril de 1938 – subiu 1,63%. As maiores quedas ocorreram em capitais do Nordeste: Fortaleza (-6,10%), Recife

(-5,87%) e Salvador (-5,35%), enquanto em localidades como Brasília (-0,60%), São Paulo (-0,69%) e Goiânia (-0,99%), as retrações foram mais contidas. Em outubro de 2003, houve predomínio de alta no custo da cesta – foram apuradas elevações em onze localidades, com destaque para Curitiba (3,08%) – e das cinco cidades onde houve recuo, quatro encontravam-se no Nordeste.

 

 

 

 

Porto Alegre (R$ 179,82) e São Paulo (R$ 177,14) mantiveram-se como as capitais onde o conjunto de treze produtos alimentícios básicos registra os maiores preços, enquanto os menores valores foram apurados em Recife (R$ 123,81), Salvador (R$ 125,49) e Fortaleza (R$ 127,41), cidades onde são acompanhados mensalmente preços de doze itens.

 

 

 

 

Tomando por base o valor apurado em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as necessidades de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, educação, transportes, saúde, vestuário, higiene, lazer e previdência, o DIEESE estima que, em outubro, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.510,67, ou seja, 5,81 vezes o piso vigente. Em setembro, o mínimo necessário equivalia a 5,89 vezes o mínimo em vigor, e, em outubro de 2003, quando o salário mínimo era de R$ 240,00, eram necessários 5,79 salários para atender à determinação legal.

 

 

( da redação com informações do Dieese)