A cara do novo tempo
Tivemos um dia interessantíssimo, mas a edição dos jornais e de agências, como a da Politicareal, foram adiante contando o fato. Hoje, passados dois dias da posse e em pleníssima quarta-feira santa, o que teríamos a mais para dizer?! Efetivamente, um novo estilo de conduzir o Judiciário surge.
Algumas pessoas atentas alegam que a postura ?excessivamente? republicana do novo tuchau do Judiciário Federal teria cheirado a demagogia. As pessoas possuem seus direitos, inclusive à critica. No geral, a fala foi bem recebida e à exceção do ministro Maurício Correia que criticou trechos da fala por motivos óbvios, visto que acabou sem direito a fala na casa alheia, seu território é o STF - a maioria achou significativa a postura do Ministro, ?autêntica?. As pessoas, em geral, se esqueceram de notabilizar que o mais significativo naquela fala foi a proximidade com o povo comum e não só com as elites que, naturalmente(!?), o Judiciário se porta semelhante, apesar de negar. Os ritos que o Poder adora são o sinônimo dessa nova postura. Vidigal colocou-os, todos, na lata do lixo sem ser arrogante. Essa nova postura, sim, tem que ser observada.
Mais o que desejar fazer uma reforma do Judiciário, mais do que inaugurar uma nova relação com o patrocínio da edição de conselhos externos, o que fica nítido é que Vidigal tem a seu favor o fim do Judiciário distante! Dessa vez parece que o movimento é consistente. O interessante é que ele deseja fazer isso sem brigas e ?birras?, parece ser inimaginável que isso possa ser alcançado sem uma boa dose de palmadas na mesa e chutes em portas ou em egos. Vidigal quer fazê-lo. Essa sim, será sua maior dificuldade. Ele entrou no Judiciário, de primeira estirpe, pelas mãos de José Sarney que tem como marca evitar as disputas públicas, sempre atuando nos bastidores. Vidigal tem o gosto pela conversa e pelo trabalho - segundo muitos que lhe conhecem, mais jeito que o próprio Sarney. Os próximos dois anos estão aí para nos contar.
Foi simbólico que o novo presidente do STJ não tivesse usado e abusado do latim e seus brocados, em sua fala.
Esse movimento pareceu enterrar os velhos tempos
Vamos ver!
Bom dia e boa semana santa.
PONTUANDO
A recepção, em ritmo de adesão, a Vidigal num buffet que a turma do Judiciário adora, aqui em Brasília, teve momentos interessantíssimos. A música era bem comportada até quando começou a música de Ordones, um famoso sanfoneiro cearense, terra de Eurídice. Depois veio a canja de João Cláudio que agradou tanto cantando como na performace.
Vidigal e Eurídice devem ter sido cumprimentados por mais de 250 pessoas. Entre os governadores convidados para a solenidade da tarde, Wellington Dias não pôde ir mas veio para a festa. Dias passou pouco tempo e depois se recolheu. Tinha audiências, inclusive com o capa preta do momento, Luiz Gushiken.
A turma do Ceará esteve em peso. Além dos homens de preto foram visto por lá a cúpula da comunicação social daquele estado, como os tuchaus do jornal ?O Povo? e do ? Diário do Nordeste?.
O presidente José Sarney não foi a festa de seu amigo Vidigal mas os filhos poderosos estavam todos lá, como a senadora Roseana Sarney, o empresário Fernando Sarney. O interessante é que todos se mantinham longe um do outro com seus grupos. Detalhe de um conhecedor da turma: ? Todos se entendem, Seu!?
Lula ontem foi para o Acre. Palocci segue hoje para Paris. È a cara do Governo!
Nota de Rodapé: O que vamos fazer com esses dias?! Ainda bem que a páscoa está aí!
por Genésio Araújo Junior
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