31 de julho de 2025

Seqüência de desacertos

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Esta semana tinha tudo para ser calminha, até porque o caso Waldomiro ficou sob algum controle face a decisão do ex-subchefe da Casa Civil de ter se antecipado na abertura de seus sigilos- porém, para espanto de muitos, o ministro José Dirceu, contrariando o que se pensava dele - colocou gasolina na fogueira que já não crepitava como antes.

Foi uma seqüência de desacertos.

Teve a entrevista, desabafo, do ministro Dirceu a um colunista do jornal ?O Globo?.

Em seguida veio o movimento de pefelistas e tucanos que ganharam motivo para se unir, inclusive fazendo com que Tasso Jereissati se aproximasse mais ainda de José Serra e Jorge Bornhausen. ACM ficou em situação mais ridícula ainda e chegou a criticar gente do governo. Chegou a defender o ex-presidente Fernando Henrique!

Miro Teixeira anunciou que sairia da liderança do Governo na Câmara, abrindo flanco para disputa dentro da base pelo cargo.

O Partido Popular, a antiga Arena que ficou maior que o PSDB na Câmara, ameaçou sair da base governista, atingindo até o presidente João Paulo Cunha(PT-SP), que andava bem das pernas e foi o principal responsável pelo crescimento do partido neste ano.

Para fechar, teve a boataria que correu solta no Congresso, nessa quarta, dando conta que Dirceu deixaria o Governo. Bem, foi um dia de festa para as oposições. Eles estavam rindo à toa, mesmo se sabendo, evidenciando-se, que foi o próprio governo que se atazanou.

Não é bom esquecer a tal nota do PMDB, pedindo mudança na condução da política econômica.

Não era para ser uma semana ruim! Era sétima para retomar a Sudene, relançar o Instituto do Semi Árido, anunciar no fim do trimestre que o governo cumpria o orçamento dentro da lei de responsabilidade fiscal, que as emendas parlamentares voltavam a ser liberadas e que se iria começar um investimento de mais de 1 bilhão de dólares na indústria do gás natural pela Petrobras que atenderia a região, com destaque. Não é bom esquecer a redução da inflação, IPCA-15, assim como o aumento da arrecadação.

Bem, a semana não era para ser tão ruim, Seu!

Bom dia, aflitos e angustiados.

PONTUANDO

O PFL era o partido que vinha tendo mais disputa para apresentar seus nomes para comandar as comissões a que tinha direito, na Câmara ? natural, depois do pega que teve por lá na escolha do líder!

Das vinte comissões permanentes, o Nordeste acabou ficando com a presidência de quatro delas. Além da CCJ, já divulgado pela coluna, chama atenção, agora, a indicação( eleição, viu, gente!) do paraibano Wellington Roberto(PL) para comandar a Comissão de Viação e Transportes. Normalmente, aquilo lá ficavam com os estados de maior malha rodoviária. Roberto é ligado ao governador tucano Cássio Cunha Lima. O tucano anda se divertindo com o apoio que recebe no governo Lula ? anda ocupando um espaço daqueles!

Está explicado o inegável mau humor das lideranças próximas ao governador José Reinaldo, do Maranhão, com os movimentos do Ministério da Integração face a condução da crise das chuvas de janeiro. Eles não aceitavam que os recursos fossem repassados aos municípios. Ciro Gomes mandou mudar a fórmula ? a turma de Zé Reinaldo adorou, agora os estados podem chamar para si a responsabilidade.

A bancada federal do Piauí está em polvorosa. São julgamentos de ações judiciais contra deputados, a disputa interna do PMDB para ver quem indica o candidato à prefeitura municipal. Agora tem um novo queridinho na Câmara, o deputado Átila Lira(PSDB-PI) relator do projeto que dá estabilidade para servidores, que não conseguiram tal status depois da constituição de 88, apresentou, nesta semana, seu voto. Uma beleza!

A bancada do Ceará se reuniu esta semana com Aldo Rebelo, da Articulação Política. Ele garantiu para eles que as emendas individuais de 2.004 vão continuar saindo e que as emendas de bancada estão sendo equacionadas. A turma saiu de lá flanando, Seu!

Nota de Rodapé: E ainda tem gente que diz que a vida é fácil!

por Genésio Araújo Junior

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