Dívida
Parceria PI e CE tenta reaver dívidas da União com os estados
(Brasília 20/01/2003) O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), confirmou hoje, em entrevista exclusiva ao Políticareal, que realmente existe uma parceria entre os governos do Piauí e do Acre para tentar reaver as dívidas da União de anos anteriores para com esses estados. Por conta desse acordo, os governadores do PSDB (Geraldo Alckmim - São Paulo; Aécio Neves - Minas Gerais; e Lúcio Alcântara – Ceará) estiveram reunidos hoje, em Brasília, com as bancadas de seus estados para discutir esse assunto.
De acordo com Wellington Dias, havia a previsão de liberação de R$ 6 bilhões de projetos orçamentários de anos anteriores para ser liberado pela União, para os estados menos desenvolvidos do país, e que por conta dessa situação esses estados foram obrigados a anteciparem suas receitas atendidas no ano passado, ocasionando numa limitação muito grande nos investimentos.
“O fato é que nós tivemos liberação de recursos de extras a pagar de 2001 e 2002 da mesma forma que aconteceu em outros estados, com as mesmas limitações em outros estados. E, por isso, nossa bancada Federal (Piauí) tem feito inúmeras gestões no senrtido de reaver esses valores”, disse o governador.
Wellington adiantou ainda que é do conhecimento de todos que o presidente Luiz Inácio Lula das Silva procura sempre trabalhar, com prioridade, as regiões menos desenvolvidas do Brasil, como o Piauí e do Acre, principalmente estados das regiões Norte e Nordeste do país.
“O presidente Lula procura atender em específico aqueles estados que foram menos atendidos em governos anteriores e que por isso acumularam um atraso histórico em desenvolvimento”, comentou, acrescentando que o Piauí tem um grande potencial de desenvolvimento, mas que precisa de investimentos maiores. “Hoje vimos o lançamento do programa de universalização do setor elétrico no país, e estava nos números: Enquanto são Paulo, Minas Gerais e outros estados das regiões Sul e Sudeste possuem menos de 1 de sua população sem energia elétrica, o Piauí tem 2/3 de sua população que não tem direito a acender uma lâmpada em casa. Então pergunto, quem será o Estado com maior favorecimento desse programa? Claro que é o Piauí”, colocou.
O governador petista disse também que o Piauí está enfrentando uma dificuldade muito grande com relação às dívidas e compromissos acumulados. Ele conta que o Estado vem fazendo um esforço gigantesco para não ultrapassar a barreira dos 50 das despesas de pessoal em relação a receita do Executivo, ficando na casa de 60 os três poderes.
“Isso não é nada fácil, porque quando somo todas as despesas vinculadas (folha de pagamento, pagamento de aposentados e pensionistas, repasse do Fundef, da Saúde, dos outros poderes, pagamento de precatórios e dívidas) eu encontro uma situação onde as despesas ficam em torno de 100% da receita. E para isso eu teria que ter 100% de receita”, concluiu.
(Da Redação)