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  • Contato Brasil, 13 de julho de 2025 13:37:41
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  • 09/07/2025 06h33

    Lula disse que Brasil-Índia são fundamentais para o novo desenvolvimento e defende que é possível triplicar o tamanho de nossas relações comerciais

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    Foto: Ricardo Stuckert

    Lula e Modi na rampa do Palácio do Planalto

    ( Publicada originalmente às 13h 18 do dia 08/07/2025) 

    (Brasília-DF, 09/07/2025). Logo após a 17ª Cúpula dos BRICS, no Rio de Janeiro(RJ), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília, para uma visita de Estado, nesta terça-feira, 08, o o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi

    “Foi uma enorme satisfação receber o primeiro-ministro Modi. Dois países superlativos como a Índia e o Brasil não podem permanecer distantes. A solidez das nossas democracias, a diversidade das nossas culturas e a pujança das nossas economias nos atraem.”, disse.

    Lula disse que países como o Brasil e a Índia deveriam estar no Conselho de Segurança da ONU.

    “Como membros do G20 e do BRICS, atuamos em defesa do multilateralismo e em prol de uma governança global mais inclusiva. É inaceitável que países do porte da Índia e do Brasil não ocupem assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.”, disse

    Lula disse que Brasil e Índia são fundamentais na erradicação da fome e da pobreza e o enfrentamento à mudança do clima

    “Somos aliados naturais na resposta a dois dos maiores desafios do nosso tempo: a erradicação da fome e da pobreza e o enfrentamento à mudança do clima. Agradeci ao primeiro-ministro Modi a participação indiana na Aliança Global contra a Fome a Pobreza.”, disse

    Lula disse que Brasil e Índia precisam triplicar o tamanho de sua relação comercial.

    “O aprofundamento da nossa parceria também depende do adensamento das relações econômicas. Nosso fluxo comercial de 12 bilhões de dólares não está à altura das nossas economias. Quando estive na Índia, há vinte anos, tínhamos como perspectiva chegar a 15 bilhões de dólares. Estamos determinados a acelerar essa meta, triplicando esse valor em curto prazo.”, disse.

    Lula disse que agradeceu muito Modi pela abertura ao frango e o algodão brasileiros

    “Desde a cúpula do G20 em Nova Délhi, em setembro de 2023, mais de 70 missões brasileiras de promoção comercial e de investimentos foram à Índia. No mesmo período, recebemos aqui 40 visitas técnicas indianas.

    Agradeci ao primeiro-ministro Modi a recente abertura do mercado indiano para o frango e o algodão brasileiros. A ampliação do acordo MERCOSUL-Índia pode contribuir para reduzir as barreiras tarifárias e não-tarifárias que ainda obstruem nosso comércio. Atualmente, apenas 14% das exportações brasileiras para a Índia estão cobertas pelo acordo.”, disse.

    Veja a íntegra da declaração de Lula à imprensa ao lado de Modi:

    “É uma enorme satisfação receber o primeiro-ministro Modi.

    Dois países superlativos como a Índia e o Brasil não podem permanecer distantes.

    A solidez das nossas democracias, a diversidade das nossas culturas e a pujança das nossas economias nos atraem.

    Estive à frente da celebração da Parceria Estratégica Brasil-Índia em 2006.

    Muita coisa mudou desde então.

    As ameaças à paz, à prosperidade e ao planeta se avolumam.

    Reiterei ao primeiro-ministro Modi minhas condolências pelo recente atentado na Caxemira, reafirmando nosso repúdio a todas as formas de terrorismo.

    A negociação de um cessar-fogo entre Índia e Paquistão é exemplo de sensatez para o mundo.

    Como membros do G20 e do BRICS, atuamos em defesa do multilateralismo e em prol de uma governança global mais inclusiva. 

    O Primeiro-Ministro Modi afirmou corretamente, na Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, que é impossível rodar um software do século 21 em velhas máquinas de escrever do século 20.

    É inaceitável que países do porte da Índia e do Brasil não ocupem assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.

    Somos aliados naturais na resposta a um dos maiores desafios do nosso tempo: a erradicação da fome e da pobreza e o enfrentamento à mudança do clima.

    Agradeci ao primeiro-ministro Modi a participação indiana na Aliança Global contra a Fome a Pobreza.

    Nossa pecuária deve muito à Índia. 90% do rebanho zebuíno brasileiro é resultado de 60 anos de intensa cooperação bilateral em melhoramento genético.

    O Estado natal do Primeiro-Ministro, Gujarat, é de onde provêm essas matrizes.

    O acordo entre a Embrapa e o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola estimulará projetos de inovação na produção de alimentos.

    Chegaremos à COP 30 como líderes da transição energética justa.

    Mostraremos que é possível aliar redução nas emissões de gases de efeito estufa e crescimento econômico e inclusão social.

    Em agosto, o Brasil e a ONU realizarão em Nova Délhi a segunda rodada do Balanço Ético Global, para mobilizar a sociedade civil de todo o mundo em preparação à COP30.

    A candidatura da Índia para sediar a COP 33 fortalece o protagonismo dos países emergentes no enfrentamento à mudança do clima.

    Brasil e Índia podem ser os motores de um novo modelo de desenvolvimento baseado em energias limpas.

    Já somos parceiros da Aliança Global para Biocombustíveis, lançada na presidência indiana do G20.

    A Índia é o mercado de bioenergia que mais cresce no mundo.

    O país estabeleceu como meta ampliar para 20% a mistura de etanol na gasolina e para 5% a proporção de biodiesel no óleo diesel.

    O Brasil tem meio século de experiência com biocombustíveis e é pioneira em motores flex.

    Já adicionamos 30% de etanol à gasolina e 15% de biodiesel ao diesel.

    Convidei a Índia a se somar ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países que preservam suas florestas.

    O futuro da nossa relação também se assentará em dois outros importantes pilares: desenvolvimento tecnológico e defesa.

    As políticas indianas de infraestruturas públicas digitais, baseadas em dados, códigos e modelos abertos, se contrapõem à dinâmica concentradora de empresas privadas.

    Queremos criar com a Índia um centro de excelência para trazer esse potencial ao Brasil.

    Temos interesse em colaborar no desenvolvimento e na produção de vacinas e medicamentos, a fim de fortalecer o complexo industrial da saúde brasileiro.

    Com suas missões à Lua, a Índia firmou-se como exemplo de sucesso na exploração espacial.

    Tivemos o apoio indiano para o lançamento do Amazônia 1, o primeiro satélite projetado e operado inteiramente pelo Brasil.

    Em um mundo cada vez mais polarizado, a busca por autonomia aproxima nossas políticas de defesa.

    Os três comandantes das Forças Armadas brasileiras visitaram a Índia desde o início do governo.

    Expus ao Primeiro-Ministro Modi a disposição da EMBRAER de consolidar sua presença na Índia em parceria com empresas locais, com transferência de tecnologia e formação profissional.

    Os aviões da empresa podem ajudar o país a concretizar o plano UDAN para que “todos os indianos possam voar”.

    Assinamos hoje um Acordo sobre Combate ao Terrorismo e ao Crime Organizado Transnacional que ampliará nossa cooperação.

    Como parte desse esforço, a Polícia Federal abrirá uma adidância em Nova Délhi.

    O aprofundamento da nossa parceria também depende do adensamento das relações econômicas.

    Nosso fluxo comercial de 12 bilhões de dólares não está à altura das nossas economias.

    Quando estive na Índia, há 20 anos, tínhamos como perspectiva chegar a 15 bilhões de dólares.

    Estamos determinados a acelerar essa meta, triplicando esse valor em curto prazo.

    Desde a cúpula do G20 em Nova Délhi, em setembro de 2023, mais de 70 missões brasileiras de promoção comercial e de investimentos foram à Índia.

    No mesmo período, recebemos aqui 40 visitas técnicas indianas.

    O Conselho Empresarial que criamos nesta visita vai multiplicar canais entre empresários e conexões entre cadeias produtivas.

    Agradeci ao primeiro-ministro Modi a recente abertura do mercado indiano para o frango e o algodão brasileiros.

    A ampliação do acordo MERCOSUL-Índia pode contribuir para reduzir as barreiras tarifárias e não-tarifárias que ainda obstruem nosso comércio.

    Atualmente, apenas 14% das exportações brasileiras para a Índia estão cobertas pelo acordo.

    Caro amigo Modi,

    Em um mês, será comemorado o “Raksha Bandhan”, tradição indiana que celebra o vínculo entre irmãos.

    Que o simbolismo dessa festividade nos inspire a aprofundar os laços que juntos construímos hoje.”

     

    ( da redação com informações de redes sociais e assessoria. Edição: Política Real)

     

     


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