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  • 11/06/2025 06h46

    General e ex-ministro Paulo Sérgio Oliveira, ouvido por Moraes, disse que alertou o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a gravidade da possibilidade de decretação de medidas golpistas

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    Foto: Felipe Sampaio/ STF

    Paulo Sérgio de Oliveira ao lado de advogado no STF

    ( Publicada originalmente às 16h 14 do dia 10/06/2025) 

    (Brasília-DF, 11/06/2025) Outro destaque da tarde desta terça-feira, 10, no segundo dia de interrogatório dos acusados do “núcleo 1” ou “núcleo crucial” da Ação Penal (AP) 2668, que apura tentativa de golpe de Estado, foi o interrogatório do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, e agora general da reserva,  pelo ministro, Alexandre de Moraes, relator do caso.

    Paulo Sérgio Nogueira afirmou que alertou Jair Bolsonaro sobre a gravidade da possibilidade de decretação de medidas golpistas no final do governo do ex-presidente, em 2022.

    Nogueira é um dos réus da ação penal da trama golpista e foi chamado para ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

    O general foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de endossar críticas ao sistema eleitoral, instigar a tentativa de golpe e de apresentar uma versão do decreto golpista para pedir apoio aos comandantes das Forças Armadas.

    O ex-ministro confirmou a participação na reunião realizada pelo ex-presidente para apresentar estudos para decretação de medidas de estado de sítio para reverter o resultado das eleições, mas negou ter apresentado o documento.

    Nogueira disse que alertou Bolsonaro sobre a gravidade da tentativa da golpe e que ele e o ex-comandante do Exército Freire Gomes saíram "preocupadíssimos" da reunião.

    "Alertei da seriedade, da gravidade, se ele [Bolsonaro] estivesse pensando em estado de defesa, estado de sítio. A gente conversando ali numa tempestade de ideias, as consequências de uma ação futura que eu imaginava que poderia acontecer se as coisas fossem em frente", afirmou.

    Minuta de golpe

    Paulo Sergio Nogueira também rebateu a acusação da procuradoria e negou ter levado a minuta de golpe para os comandantes das Forças Armadas.

    "Eu nunca tratei de minuta de golpe com meus ex-comandantes", declarou.

    Urnas eletrônicas

    O ex-ministro também negou ter sofrido pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro para alterar o relatório de auditoria das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 2022 e insinuar que não seria possível descartar fraudes nas urnas eletrônicas.

    Segundo o general, as conclusões do relatório entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram feitas com base no parecer dos técnicos das Forças Armadas.

    "O presidente da República [Bolsonaro] jamais me pressionou, seja para mandar o relatório só para o segundo turno, seja para alterar o relatório. O que me deixa de cabeça quente é saber pela denúncia [da PGR] que eu havia alterado esse relatório", afirmou.

    Nogueira também pediu desculpas a Alexandre de Moraes por ter feito críticas, sem fundamento, às urnas eletrônicas e a ministros do TSE.

    "Queria me desculpar publicamente por ter feito essas colocações. Nessa reunião, trato com palavras totalmente inadequadas o trabalho do TSE", afirmou.

    ( da redação com Agência Brasil. Edição: Política Real)

     

     

     

     


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