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  • Contato Brasil, 06 de julho de 2025 03:00:58
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  • 29/05/2025 06h45

    PF na Operação Sisamnes que surgiu para investigar venda de sentenças judiciais acabou chegando ao “Comando C4” voltada para eliminar políticos com direito a tabela de preço

    Mandados de prisão foram cumpridos
    Foto: Arquivo Política Real/

    PF entrou em ação

    ( Publicada originalmente às 13 h 59 do dia 28/05/2025) 

    (Brasília-DF, 29/05/2025). Na manhã desta quarta-feira, 28, a Polícia Federal deu largada a 7ª fase da Operação Sisamnes, que surgiu para investigar venda de sentenças judiciais e neste momento foi dedicada de investigar “possíveis mandantes e eventuais coautores” do homicídio de um advogado ocorrido em 2023, na cidade de Cuiabá. O que foi surpreendente dessa vez foi identificada organização formada por militares (ativos e da reserva) e civis, dedicada à “prática de crimes graves, especialmente espionagem e homicídios sob encomenda”.

    Na operação, os investigadores descobriram ainda a existência de uma organização criminosa empresarial denominada “Comando C4”.

    Eles apuraram que a sigla C4 refere-se a “comando de caça a comunistas corruptos e criminosos”, revelando, assim, alvos de interesse do grupo criminoso e, portanto, potenciais vítimas.

    Foi também constatado que a organização criminosa mantinha, em formato impresso, uma espécie de tabela de valores atribuídos à execução de homicídios, cujos preços variavam conforme a função exercida pela vítima.

    A PF encontrou, ainda, registros manuscritos contendo menções a autoridades brasileiras, entre as quais se destacam parlamentares do Congresso Nacional e ministros do STF. O assassinato de um deputado custaria R$ 100 mil, de um senador, R$ 150 mil, e de um ministro do Judiciário, R$ 250 mil.

    Mandados

    Na operação desta quarta-feira, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, seis mandados de busca e apreensão, quatro mandados de monitoramento eletrônico nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

    Também estão sendo cumpridas medidas cautelares de recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato e saída do país, incluindo o recolhimento dos passaportes.

    Início das investigações

    As duas primeiras fases da Operação Sisamnes foram deflagradas no final de 2024, com o objetivo de investigar crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.

    Foi investigado um suposto esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Ao longo das apurações, foi descoberto que alguns investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais.

    Na época, a PF informou que investigava também “negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais”.

    Em dezembro de 2024, durante a segunda fase da operação, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou operações de busca e apreensão para investigar “suposta venda de sentenças judiciais pelo desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) João Ferreira Filho”.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)

     

     

     


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