- Cadastre-se
- Equipe
- Contato Brasil, 30 de abril de 2025 01:20:47
( Publicada originalmente às 16h 00 do dia 21/04/2025)
Com agência
(Brasília-DF, 22/04/2025) Após a morte do Papa Francisco, cardeais de todo o Planeta devem se dirigir ao Vaticano nos próximos dias para tomar parte no Conclave, votação secreta que escolhe o novo líder da Igreja Católica.
Ao todo, há 252 cardeais em todo o mundo, mas aqueles com mais de 80 anos não têm permissão para votar, pelas regras da igreja.
Devido à limitação de idade, apenas 135 estão aptos a participar do Conclave como eleitores — dos quais 120 deverão ser selecionados pelo cardeal camerlengo para participar do processo de escolha.
A Itália é de longe país com maior número de cardeais eleitores, com 17 deles, representando 12,6% do total.
O país é seguido pelos Estados Unidos (10) e pelo Brasil (7), que ocupa a terceira posição entre as nações com maior número de cardeais eleitores.
Entre os oito cardeais brasileiros, sete estão aptos a votar pelo critério de idade.
São eles:
Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.
Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.
Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.
Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
O único cardeal brasileiro que não poderá participar do Conclave é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, de 87 anos.
Ainda assim, ele será convidado a integrar o Colégio dos Cardeais, que discutirá assuntos importantes da Igreja até a escolha do novo papa.
Europa e Ásia lideram no Conclave
Por continentes, a Europa tem o maior número de cardeais eleitores, somando 53 deles, com Itália, Espanha (5) e França (5) liderando entre os países com maior número de eleitores.
Em seguida, está a Ásia, com 23 eleitores, com maior contribuição da Índia (4) e Filipinas (3).
África (18), América do Sul (17) e América do Norte (16) vêm a seguir, com número similar de cardeais votantes, com a América Central e Oceania somando apenas quatro eleitores cada.
Entre os países com maior disparidade entre o número total de cardeais e aqueles aptos a votar estão Espanha (com 5 eleitores e 8 não-eleitores), Itália (com 17 para 34, respectivamente), Alemanha (3 para 3) e México (2 para 4).
A disparidade revela a importância histórica desses países na Igreja Católica, mas também o envelhecimento de suas lideranças – já que os cardeais com mais de 80 anos não podem votar.
Ao todo, 71 países poderão estar representados no conclave que deve eleger o sucessor do Papa Francisco.
Desse total, 54 países contam com apenas um cardeal votante.
Católicos no mundo
A Igreja Católica estima que haviam 1,4 bilhão de católicos no mundo em 2023, um crescimento de 1,15% em relação ao ano anterior.
A América lidera com a maior parcela dos católicos do mundo, somando 47,8%.
Desses, 27,4% vivem na América do Sul – onde o Brasil, com 182 milhões, representa 13% do total mundial e continua sendo o país com a maior concentração de católicos.
Outros 6,6% estão na América do Norte e os 13,8% restantes na América Central.
Comparando o número de católicos com a população total, Argentina, Colômbia e Paraguai se destacam, com católicos representando mais de 90% da população desses países, segundo as estimativas do Vaticano.
A África soma 20% dos católicos do mundo, com o número crescendo 3,3% entre 2022 e 2023, para 281 milhões.
Na Ásia, os católicos representam 11% do total global, com 77% dos católicos do sudeste asiáticos concentrados nas Filipinas (93 milhões) e na Índia (23 milhões).
A Europa, embora ainda seja o lar de 20,4% dos católicos do mundo, é a região de menor crescimento da religião, com variação de 0,2% entre 2022 e 2023.
Em países como Itália, Polônia e Espanha, o catolicismo ainda é a religião de mais de 90% da população.
Apesar da relativa estabilidade no número de católicos no mundo, com destaque para o crescimento na África e Ásia, o número de padres tem diminuído.
Ao fim de 2023, era pouco menos de 407 mil, uma redução de 734 em relação a 2022, com crescimento na África (2,7%) e na Ásia (1,6%) e uma diminuição na Europa (-1,6%), Oceania (-1%) e nas Américas (-0,7%).
( da redação com BBC. Edição: Política Real)