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  • Contato Brasil, 09 de abril de 2025 01:12:58
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  • 04/04/2025 06h42

    Lula, segundo Genial/ Quaest, mesmo mal avaliado venceria os possíveis candidatos em 2026 e o eleitorado tem mais medo do retorno de Bolsonaro que de um quarto mandato de Lula

    Veja mais números
    Foto: X de Felipe Nunes

    O medo de Bolsonaro é maior que o medo de Lula

    ( Publicada originalmente às 13 h 45 do dia 03/04/2025) 

    (Brasília-DF, 04/04/2025) Depois de revelar a impressionante má-avaliação do Governo Lula 3, especialmente face aos números de março, a parceira entre a Quaest Pesquisas e a Genial Investimentos revelou que se a eleição presidencial de 2026 fosse hoje, 03, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria todos os candidatos, possíveis candidatos e empataria com o ex-presidente Jair Bolsonaro, se ele pudesse ser candidato, mas ele está oficialmente impedido de participar de eleições até 2030.

    Por outro lado, foi revelado, pois perguntado aos eleitores, sobre o que punha mais medo nas pessoas se um novo mandato, o quarto, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou retorno do presidente Jair Bolsonaro. A pesquisa revela que o eleitorado tem mais medo do retorno de Bolsonaro que um outro mandato de Lula.

    A Política Real publica, a partir deste momento, as postagens realizadas pelo cientista político e CEO da Quaest Pesquisas, Felipe Nunes:

    “Pesquisa Genial/Quaest sobre os cenários eleitorais de 2026 mostra que Lula empataria com Bolsonaro (se ele puder ser candidato) e venceria todos os outros possíveis adversários em um eventual 2º turno, se as eleições fossem hoje.

    A oposição não conseguiu traduzir toda a insatisfação com o governo em voto de mudança.

    Nas simulações de 2º turno contra qualquer candidato, há entre 14% e 18% que desaprovam o governo, mas comparando com outro candidato, ainda preferem Lula.

    E há entre 17% e 32%, dependendo da simulação, que preferem não votar em ninguém. Ou seja, nem toda desaprovação ao governo se transforma em voto em algum adversário, acaba virando alienação eleitoral.

    As mudanças no cenário ao longo dos meses ainda são marginais. Tarcísio, por exemplo, saiu de 34% para 37% entre jan/25 e mar/25. Lula ficou estável (43%) no mesmo período. A vantagem do presidente, que era de 9 pontos passou para 6 pontos.

    Na simulação entre Lula e o governador de MG, Romeu Zema, a distância diminuiu um pouco mais. A vantagem de Lula que era de 17 pontos em janeiro, foi para 12 pontos, recuando 5 pontos no período.

    A vantagem de Lula sobre Caiado também diminuiu 5 pontos ao longo do tempo. Passou de 19 para 14.

    Por trás de todo esse quadro está a movimentação de conhecimento e rejeição dos potenciais candidatos.

    A desaprovação ao governo Lula tem impactado a imagem de Lula. Sua rejeição chegou a 55%, um aumento de 10 pp desde dez/24.

    A aceitação da denuncia contra Bolsonaro, por sua vez, tem mexido menos em sua imagem. Ele também é rejeitado pelos mesmos 55%, oscilando na margem de erro ao longo do tempo.

    Lula e Bolsonaro empatam na simulação de 2º turno justamente porque apresentam o mesmo patamar de conhecimento, o mesmo nível de rejeição, mas com uma pequena vantagem de potencial de voto para o atual presidente

    Essa desvantagem eleitoral de Bolsonaro contra Lula se ancora em um sentimento de medo que as pesquisas da Quaest já mostravam em 2021 e 2022.

    Os números de hoje são muito parecidos com os das pesquisas da eleição: 44% tem mais medo da volta do Bolsonaro, contra 41% que tem mais medo da continuidade do governo Lula.

    Essa percepção favorece, na comparação entre as opções, o atual incumbente.

    A comparação com os demais candidatos favorece Lula por um outro motivo: desconhecimento.

    Especialmente os governadores com potencial de disputar contra Lula ainda são muito desconhecidos. Tarcísio, por exemplo, continua desconhecido por 42% dos eleitores; Ratinho é desconhecido por 51%; Zema por 61% e Caiado por 63%.

    Mas esse patamar de desconhecimento revela outro fenômeno eleitoral importante: o piso de qualquer candidato de oposição contra o PT é de 30%. Por isso mesmo os candidatos desconhecidos por 60% tem pelo menos 30% em um eventual 2º turno contra Lula.

    A pesquisa revela ainda o tamanho dos sub-grupos eleitorais.

    O Lulo-petismo raiz corresponde a 19% da população e é maior que o bolsonarismo raiz, que corresponde a 12%. A direita não bolsonarista, por sua vez, tem 21% do eleitorado e é maior que os 12% que são da esquerda não lulo-petista. O maior grupo, no entanto, continua sendo o de eleitores ‘sem lado’: 33% não se posicionam nessa escala.

    Ou seja, no agregado, o Brasil continua aproximadamente dividido em 3 terços.

    Diante das incertezas na construção de qualquer quadro eleitoral, duas perguntas foram feitas ao eleitorado. Primeiro, Lula deveria ser candidato em 2026? Entre dez/24 e jan25, cresceu (passou de 52% para 62%) o percentual de brasileiros que acreditam que Lula não deveria ser candidato à reeleição.

    Dada a inelegibilidade de Bolsonaro, perguntamos aos brasileiros: quem deveria ser o candidato da direita em 2026? Segundo a pesquisa, Tarcísio (15%) e Michelle (14%) seriam os melhores nomes. Marçal (11%) aparece em terceiro, junto com Ratinho Jr (9%).

    A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 27 e 31/03. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)

     

     

     

     


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