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  • Contato Brasil, 21 de março de 2025 04:29:16
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  • 13/03/2025 06h45

    REAÇÃO: Após medidas de Trump, Europa retalia, Reino Unido se diz decepcionado, China diz que houve ilegalidade, Japão lamenta

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    Foto: Arquivo Política Real/

    Donald Trump

    ( Publicada originalmente às 17 h 00  do dia 12/03/2025) 

    (Brasília-DF, 13/03/2025).  Nesta quarta-feira, 12, entraram em vigor  tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos provocando medidas de retaliação da União Europeia e a ira da China, que promete fazer o que for "necessário" para defender seus interesses.

    Por sua vez, a UE respondeu no início da quarta-feira com a renovação das tarifas sobre os produtos dos EUA que havia adotado em 2018 e 2020 e que, posteriormente, havia deixado sem efeito.

    "Acreditamos firmemente que, em um mundo cheio de incertezas geopolíticas e econômicas, não é de nosso interesse comum sobrecarregar nossas economias com tarifas", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um comunicado.

    "As contramedidas que tomamos hoje são fortes, mas proporcionais. Como os Estados Unidos estão aplicando tarifas no valor de 28 bilhões de dólares, estamos respondendo com contramedidas no valor de 26 bilhões de dólares", acrescentou von der Leyen.

    A Comissão Europeia afirma que as medidas têm o objetivo de "ser inteligentes e atingir onde dói", por isso são escolhidos produtos com "alto valor agregado e simbólico".

    Isso inclui, por exemplo, a soja, cuja produção é significativa no estado de Louisiana, de onde vem o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson. A UE pode obter soja de outros países, como o Brasil ou a Argentina.

    Os produtos escolhidos por Bruxelas, que ainda estão sujeitos a modificações após consultas aos Estados-membros, também incluem carne bovina e frango, setores importantes em estados como Nebraska e Kansas, que votam nos republicanos, além de fogões, fornos, geladeiras, freezers e cortadores de grama.

    Outro exemplo dessas medidas simbólicas são as motocicletas Harley-Davidson, bem como insumos importantes para a economia dos EUA, como produtos de madeira, com peso na Geórgia, Virgínia e Alabama.

    China: "Ações violam regras da OMC"

    A China sustentou que "as ações dos EUA violam seriamente as regras da (Organização Mundial do Comércio), prejudicam seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e não contribuem para a solução do problema", de acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Mao Ning.

    Em resposta, ela disse que a China – maior fabricante de aço do mundo – "tomará todas as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses legítimos".

    Reino Unido "decepcionado", Japão lamenta

    Por outro lado, o Reino Unido disse estar "decepcionado" com as medidas dos EUA, mas anunciou que não tomaria medidas retaliatórias imediatamente.

    "Nós nos concentramos em uma abordagem pragmática e rapidamente negociamos um acordo econômico mais amplo com os Estados Unidos para eliminar as tarifas extras", disse o Secretário de Estado do Comércio, Jonathan Reynolds.

    O Japão lamentou não ter sido excluído das tarifas dos EUA, embora não tenha anunciado inicialmente uma retaliação, de acordo com o porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi.

    Canadá

    O país mais afetado pelas tarifas dos EUA será o Canadá, que fornece metade das importações de alumínio e 20% das importações de aço, de acordo com a empresa de consultoria EY-Parthenon.

    Nesta terça-feira, Trump atacou o país vizinho, ameaçando com tarifas de 50% sobre aço e alumínio canadenses, mas recuou logo depois que o governador de Ontário, Doug Ford, retirou uma sobretaxa de 25% que aplicaria sobre exportações de eletricidade do estado canadense para os EUA.

    No caso do alumínio, os Emirados Árabes Unidos, a Coreia do Sul, o Bahrein e a China, que respondem, cada um, por 3% a 6% das importações dos EUA, também serão afetados pelas tarifas, segundo a EY-Parthenon.

    ( da redação com informações da AFP, EFE, ots.  Edição: Política Real )

     

     

     

     


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