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  • Contato Brasil, 23 de janeiro de 2025 13:07:04
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  • 23/01/2025 06h34

    COMÉRCIO: Pesquisa da CNC mostra redução de endividamento pelo segundo ano seguido, mas alerta que foi em face do medo do aumento do juro

    Em dezembro de 2024 houve avanço com 29,3% das famílias com dívidas em atraso ante os 28,8% do dezembro anterior
    Foto: imagem do site da CNC

    Veja o comparativo

    ( Publicada originalmente às 12h 02 do dia 22/01/2025)

    (Brasília-DF, 23/01/2024) Na manhã desta quarta-feira, 22, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgou a sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontando que pela segunda vez consecutiva, menos famílias brasileiras fecharam o ano endividadas. A Peic revela que houve  queda de 0,9 ponto percentual em dezembro de 2024, na comparação com dezembro de 2023, saindo de 77,6% para 76,7%.

    O estudo revelou, no entanto, que a inadimplência aumentou no último mês de 2024, com 29,3% das famílias com dívidas em atraso ante os 28,8% do dezembro anterior. Aquelas que não conseguem quitar o que devem chegaram ao patamar de 13,0%, o maior da série histórica.

    A redução do endividamento pode ser atribuída à maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico com elevação da taxa Selic e da inflação, o que dificulta o acesso e aumenta o custo do crédito.

    “A inadimplência é um reflexo do impacto desproporcional desses fatores sobre as famílias de baixa renda, que enfrentam juros elevados e renda limitada para absorver o aumento dos preços. É fundamental promover um ambiente econômico estável e políticas que ampliem a capacidade de consumo”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

    A pesquisa ainda registrou o menor nível de comprometimento médio da renda desde 2019: 29,8% do total dos ganhos familiares. Já o prazo médio para a quitação subiu para 7,4 meses, o que demonstra uma busca por melhores condições de pagamento. Em 2023, o tempo médio registrado foi de 6,9 meses.

    Mais pobres são os mais afetados

    As famílias com renda de até três salários mínimos são as mais afetadas pelo endividamento e pela inadimplência. Essa parcela da população sofre mais com o alto custo de vida. O estudo mostra que 80,5% apresentaram dívidas em 2024, sendo o grupo mais dependente do crédito para manter o padrão de consumo. Já a proporção dos núcleos familiares que destinam mais de 50% da renda ao pagamento de dívidas caiu para 20,6% (em 2023, era de 20,7%).

    “Os dados mostram que, embora o endividamento tenha se tornado mais sustentável em termos de renda comprometida e prazo, a alta dos juros e o encarecimento do crédito dificultaram a gestão financeira das famílias. É necessário reforçar a educação financeira e implementar políticas de renegociação de dívidas bem estruturadas”, explica Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

    Projeções para 2025

    O estudo concluiu que a inadimplência deve ser observada com cautela em 2025, dado que o Brasil possui uma renda per capita baixa e os juros cobrados ao consumidor são elevados. A conjuntura econômica instável, marcada por juros altos e inflação persistente, exige atenção para a gestão das finanças pessoais.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)

     

     


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