• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 06 de fevereiro de 2025 03:43:41
Em Tempo Real
  • 22/01/2025 06h41

    Corrêa do Lago, indicado para comandar a COP 30, diz que anúncio da saída dos Estados Unidos do acordo de Paris traz “muito impacto” para o evento

    Veja mais
    Foto: José Cruz/ Ag. Brasil

    Corrêa do Lago fala à imprensa

    ( Publicada originalmente às 14 h 45 do dia 21/01/2025) 

    (Brasília-DF, 22/01/2025). O embaixador André Corrêa Lago após ser anunciado como o presidente da COP 30, em Belém (PA), em novembro, o evento das Nações Unidas para o Clima, ele falou a imprensa

    Corrêa do Lago foi questionado sobre o esvaziamento da COP30 com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 sobre mitigação, adaptação e financiamento do combate às mudanças climáticas.

    Ele esclareceu que o país norte-americano deixou o acordo, mas continua signatário da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

    “Há vários canais que permanecem abertos, mas não há a menor dúvida de que é um anúncio político de muito impacto”, disse Lago sobre a decisão do novo presidente do Estados Unidos, Donald Trump.

    “Os Estados Unidos é um ator essencial, porque não só é a maior economia, mas é também um dos maiores emissores [de gases de efeito estufa], um dos países que têm trazido respostas à mudança do clima, com tecnologia. Os Estados Unidos têm empresas extraordinárias e também têm vários estados americanos, cidades americanas que estão muito envolvidos nesse debate”, explicou.

    "Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida de que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de um país tão importante estar se desligando desse processo”, complementou.

    Agradecimento

    Antes, embaixador  Corrâ do Lago agradeceu a confiança do presidente Lula e disse que o Brasil pode ter um “papel incrível” na COP deste ano, que, segundo ele, será construída com diversos atores – governo, sociedade civil e empresariado.

    Corrêa do Lago garantiu que a participação das populações da Amazônia, onde ocorrerá a conferência, é “absolutamente essencial”:

    “A COP tem várias dimensões, ela vai ter uma imensa dimensão para o próprio Brasil, como a RIO-92 [Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992] teve um impacto muito grande sobre a maneira como o brasileiro percebeu a mudança do clima, percebeu o meio ambiente, percebeu a biodiversidade. Então tem uma dimensão nacional extremamente importante.”

    “Durante esse período preparatório nós vamos ter muito diálogo com a sociedade civil porque é essencial que eles estejam envolvidos no processo. Porque, como na RIO-92 são as populações que tem que acreditar nessa agenda [de combate à mudanças do clima] e que tem que contribuir para que essa agenda dê certo”, acrescentou o embaixador.

    Embora a presidência formal da COP permaneça sob a responsabilidade do Azerbaijão até a abertura oficial do evento em novembro, caberá desde já ao Brasil, como presidência designada, liderar os esforços para o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre países e demais partes interessadas.

    (da redação com Ag. Brasil. Edição: Política Real)

     


Vídeos
publicidade