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  • Contato Brasil, 12 de junho de 2025 07:19:39
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  • 04/12/2024 06h32

    Crescimento do PIB no terceiro trimestre desacelerou, 0,9%, mas é o mês da China e só fica atrás da Indonésia e do México

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    Foto: BBC

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    ( Publicada originalmente às 12h 42 do dia 03/12/2024) 

    (Brasília-DF, 04/12/2024)  Os números do IBGE sobre o PIB no Brasil mostrou uma desaceleração no terceiro trimestre comparado com o segundo trimestre mas o crescimento de 0,9% é um destaque mundial

    O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro se iguala ao da China no período e só fica atrás de Indonésia e México entre os países do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo).

    No acumulado do ano todo, porém, o crescimento da China supera o do Brasil. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país asiático vá crescer 4,8% em 2024. Já o Brasil deve ter um incremento de 3% no PIB.

    No terceiro trimestre de 2024, o país está na frente de Arábia Saudita, Estados Unidos e França, entre outros.

    Ainda não foram divulgadas informações sobre o PIB no terceiro trimestre na África do Sul, na Argentina, na Austrália, na Índia e na Rússia.

    A ministra do Planejamento, Simone Tebet, comentou os números do IBGE.

    “O crescimento do PIB até setembro, em 3,3%, portanto acima das expectativas, mostra que o país está produzindo cada vez mais, gerando renda e emprego. Com medidas que promovam o equilíbrio das contas públicas vamos fortalecer a economia e garantir que as conquistas perdurem. É o Brasil avançando com trabalho e responsabilidade fiscal!”, disse.

    Crescimento 'estável' entre países mais ricos

    Um relatório publicado no final de novembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que as principais economias do mundo apresentam uma tendência de estabilidade do ponto de vista econômico.

    O PIB dos países que fazem parte da organização cresceram 0,5% no terceiro trimestre de 2024 ante 0,4% registrado no segundo trimestre.

    O texto destaca que o crescimento do PIB do G7 — grupo que reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e União Europeia — também manteve-se inalterado entre julho e setembro deste ano.

    Mas os resultados de cada nação mostram "resultados mistos".

    "Enquanto o crescimento dos Estados Unidos manteve-se estável no terceiro trimestre em 0,7%, houve uma desaceleração no Canadá e no Japão (de 0,5% no segundo trimestre para 0,2% em ambos os países), no Reino Unido (de 0,5% para 0,1%) e na Itália (de 0,2% para 0,0%)", aponta o relatório.

    A OCDE destaca que a queda no Japão — que recentemente perdeu o posto de terceira economia do mundo para a Alemanha — reflete reduções nos investimentos, na exportação de serviços e no turismo.

    "Na Itália, a redução do crescimento foi relacionada a uma contribuição negativa do comércio líquido (exportações menos importações) e refletiu principalmente uma diminuição do valor agregado na agricultura, na silvicultura, na pesca, e na indústria", analisa a organização.

    Já no Reino Unido, a falta de estoques de insumos e produtos foi apontada como a principal causa da desaceleração.

    Entre as nações do G7 com resultados positivos, a OCDE destaca a aceleração na França, que registrou um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre (ante 0,2% no segundo tri).

    O principal fator dessa subida foi o aumento do consumo, catapultado pela realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris.

    Houve também uma recuperação na Alemanha, que veio de uma queda de 0,3% no segundo trimestre para um crescimento de 0,2% entre julho e setembro deste ano.

    China e Índia em ritmo forte

    Um estudo publicado em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com projeções e análises sobre o terceiro trimestre de 2024 também destaca o cenário de estabilidade global, apesar das variações regionais.

    O FMI calcula um crescimento global de 3,2% do PIB tanto em 2024 quanto em 2024 — e descreve esse desempenho como "medíocre" em comparação com as taxas registradas antes da pandemia de covid-19.

    O relatório aponta que não há nenhuma surpresa com o fato de mercados emergentes e economias em desenvolvimento terem um crescimento mais rápido, de 4,2%, enquanto as economias avançadas devem subir 1,8%.

    Mas o texto alerta para "interrupções na produção e no transporte de commodities — especialmente petróleo — conflitos, distúrbios civis e eventos climáticos extremos", que vão impactar negativamente as perspectivas para o Oriente Médio, a Ásia Central e a África Subsaariana.

    O FMI também destaca o desempenho de Índia (crescimento projetado de 7% em 2024 e 6,5% em 2025) e China (4,8% e 4,5%, respectivamente).

    Segundo a entidade, o crescimento dessas duas nações e dos países asiáticos no geral foi marcado pelo aumento na demanda por semicondutores e eletrônicos, em razão dos investimentos em inteligência artificial.

    "Reformas estruturais são necessárias para elevar as perspectivas de crescimento de médio prazo, enquanto o apoio aos mais vulneráveis ​​deve ser mantido", diz o texto.

    O fundo também identifica alguns "desafios estruturais persistentes", caso de envelhecimento populacional e baixa produtividade, como alguns dos fatores que impedem um crescimento econômico mais acelerado.

    Por fim, o texto destaca alguns temores e ameaças — como as repercussões das tensões geopolíticas, a volatilidade de mercados, os picos nos preços de commodities e possíveis fragilidades do setor imobiliário chinês.

    Sobre o Brasil, o FMI projeta um crescimento de 3% em 2024 e 2,2% em 2025 — números que foram revisados para cima recentemente por causa de fatores como elevações do consumo e do investimento privado, melhora do mercado de trabalho, políticas governamentais e um menor impacto do que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul.

    "No entanto, com a política monetária ainda restritiva e o esperado esfriamento do mercado de trabalho, espera-se que o crescimento no Brasil fique mais moderado em 2025", conclui o relatório.

    ( da redação com informações de redes sociais e BBC. Edição: Política Real)

     

     

     

     


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