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  • 27/11/2024 06h58

    Joe Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e Hezbollah

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    Foto: Arquivo Política Real

    Joe Biden fez o anuncio

    ( Publicada originalmente às 19h 00 do dia 26/11/2024) 

    (Brasília-DF, 27/11/2024) O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em discurso a partir da Casa Branca, em Washington D.C., afirmou que os governos de Israel e do Líbano aceitaram a proposta dos Estados Unidos para pôr fim a um conflito “devastador".

    Nos próximos dois meses, adiantou Biden, Israel irá retirar gradualmente as suas forças do sul do Líbano.

    O presidente norte-americano acrescentou que os civis de ambos os lados poderão em breve regressar em segurança às suas comunidades e começar a reconstruir as suas vidas. Ainda assim, avisa Biden, se o Hezbollah violar o acordo, Israel tem o direito à autodefesa, em conformidade com o direito internacional.

    Horas antes, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou um acordo de cessar-fogo no Líbano após uma reunião do Conselho de Segurança de Israel e acrescentou que a proposta foi enviada ao Conselho de Ministros para aprovação.

    Netanyahu recomendou a aprovação do acordo que abre espaço para pôr termo a quase 14 meses de combates iniciados após a resposta israelita ao ataque de 7 de outubro do Hamas.

    Segundo Biden, nos próximos 60 dias, Israel irá retirar gradualmente as suas forças do sul do Líbano.

    O acordo de cessar-fogo entre Israel o grupo militante Hezbollah, sediado no Líbano, entra em vigor esta quarta-feira às 4 horas locais (2 horas em Lisboa). Biden sublinha que o acordo foi desenhado para ser permanente.

    "Já não é o mesmo Hezbollah"

    Numa comunicação ao país, Benjamin Netanyahu começou por se dirigir aos residentes do norte de Israel, dizendo-se orgulhoso da sua perseverança e resistência. O primeiro-ministro israelita deixa claro que a guerra não terminará enquanto os habitantes do norte de Israel não puderem regressar a casa em segurança.

    Benjamin Netanyahu afirma que o Hezbollah sofreu um forte revés na sequência da campanha militar israelita.

    “Já não é o mesmo Hezbollah”, afirmou o primeiro-ministro israelita, acrescentando que Israel fez o grupo recuar “décadas”.

    O líder israelita lembrou que Hassan Nasrallah, que qualificou como “a cabeça da serpente”, foi morto, assim como “todos os líderes” do Hezbollah.

    "Destruímos a maior parte dos rockets e mísseis. Matámos milhares de terroristas e destruímos as infraestruturas subterrâneas perto das nossas fronteiras.", adiantou Netanyahu.

    Reação "enérgica" a qualquer ataque

    Bejamin Netanyahu afirma que se o Hezbollah violar o acordo de cessar-fogo, rearmando-se e atacando, Israel reagirá de forma “enérgica”.

    “Vamos fazer cumprir o acordo e responder com força a qualquer violação. Continuaremos unidos até à vitória”, afirmou.

    Com o acordo, nota Netanyahu, Israel pode se concentrar na “ameaça iraniana”.

    O acordo também permite a Israel “atualizar” e “rearmar” as suas tropas, sublinha Netanyahu, mencionando que as forças israelitas terão em breve à disposição mais armamento.

    "Em breve, vamos ter armas sofisticadas que nos ajudarão a proteger as nossas tropas e nos darão ainda mais força para cumprir as nossas missões."

    Outra dos objetivos do acordo de cessar-fogo, refere Netanyahu, é isolar o Hamas.

    “O Hamas estava a contar com o Hezbollah a lutar em conjunto e, uma vez eliminado o Hezbollah, o Hamas fica sozinho”, frisa.

    "A nossa pressão sobre o Hamas será cada vez mais forte e isso vai ajudar-nos a recuperar os nossos reféns".

    Primeiro-ministro libanês exige aplicação “imediata” do cessar-fogo

    Do lado libanês, já há reação ao anúncio de Benjamin Netanyahu.

    O primeiro-ministro, Najib Mikati, afirma que a comunidade internacional deve “atuar rapidamente” para travar a agressão israelita “e aplicar um cessar-fogo imediato”.

    Mikati acrescenta que o povo de Beirute “suportou muito hoje, como sempre suportou o maior fardo para todo o Líbano”.

    ( da redação  com Euro News. Edição: Política Real)


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