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  • Contato Brasil, 12 de novembro de 2024 16:44:28
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  • 30/10/2024 06h49

    Senador Astronauta Pontes se lança presidente do Senado mas ex-presidente Jair Bolsonaro sinalizou apoio a Davi Alcolumbre

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    Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

    Sernador Marcos Pontes, o Astronauta fala no plenário

    ( Publicada originalmente às 15h 59 do dia 29/10/2024) 

    (Brasília-DF, 30/10/2024) Na tarde desta terça-feira, 29, quando todas as atenções se voltavam para a Câmara dos Deputados com o anúncio do apoio do deputado Arthru Lira(Progressistas-AL) para presidência da Câmara ao deputado Hugo Motta(Republicanos-PB), o senador Marcos Pontes(PL-SP), o chamado Astronauta Pontes, anuncio que está se lançando candidato à presidência do Senado.

    Existia um pré-acordo do Partido Liberal apoiar a eleição do senado Davi Alcolumbre(União-AP) para presidência do Senado, ficando com a Primeira Vice-Presidência ou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça( CCJ).

    O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro já tinha sinalizado no apoio a Alcolumbre. Se falava no Senado que o senador Eduardo Gomes(PL-TO) seria o virtual Vice-Presidente do Senado.

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    Sras. e Srs. Senadores, hoje eu venho a esta tribuna com um forte senso de dever com o país, com o Brasil, um sentimento que eu trago desde o início da minha vida profissional, como eletricista da Rede Ferroviária Federal; depois, como piloto de caça da Força Aérea Brasileira; como astronauta e em tantas outras funções que eu tive, inclusive a de Ministro de Estado. Eu trago comigo o sonho de todos os brasileiros que desejam justiça e mudança para testemunhar o retorno do Brasil à sua normalidade. Hoje, portanto, eu estou aqui para me apresentar como candidato à Presidência do Senado Federal. Carrego dentro de mim a enorme responsabilidade de representar os desejos e as preocupações assim como as esperanças de quase 11 milhões de paulistas que votaram em mim.

    Nesses quase dois anos, desde o início do mandato, dediquei-me incansavelmente ao trabalho legislativo nesta Casa, com a missão de ajudar o desenvolvimento do país e a qualidade de vida dos brasileiros, sempre através de ferramentas comprovadas, como educação, ciência, tecnologia, inovação, empreendedorismo, etc. Apresentei muitos projetos, totalizando mais de 300 proposições legislativas entre iniciativas individuais e coletivas, mais de cem projetos relatados e diversos projetos aprovados. Contudo, apesar de todos os esforços, apesar das conquistas alcançadas, é impossível ignorar um sentimento crescente, que ressoa não só entre os meus eleitores, mas em todos os cantos do Brasil.

    Durante as sessões, eu me sento ali e faço questão de prestar atenção aos discursos, aos projetos, às discussões de forma profissional e séria, como eu sempre conduzi a minha vida profissional a vida toda. Cada um de nós foi eleito para defender os interesses dos brasileiros e, como muitos de vocês aqui presentes, hoje eu ouço diariamente a angústia da população. Venho assistindo ao desenrolar dos acontecimentos nesta Casa, com um forte sentimento de urgência, de preocupação e, acima de tudo, de indignação.

    Senhores, nós precisamos ouvir a voz do povo, que clama por mudança. Estamos vendo o nosso Brasil, um país pelo qual todos nós juramos lutar, se perder em uma espiral de valores invertidos, distorcidos, onde criminosos são soltos e pessoas simples são condenadas a penas desproporcionais.

    E pessoas simples são condenadas a penas desproporcionais. Assistimos à banalização de injustiça, à crescente perda de liberdades, ao estabelecimento da censura e do autoritarismo, à corrosão e à distorção dos valores básicos da sociedade, à distorção da democracia verdadeira e à crescente falta de respeito ao Poder Legislativo. O povo sente essa angústia. Eu também sinto. Cada cidadão que nos elegeu confiou que lutaríamos para restaurar o respeito, a integridade e a justiça. E a cada dia ouço o clamor de milhares de pessoas. Só não ouve quem não quer. Nosso povo não quer mais discursos, não quer mais inércia, não está interessado nos detalhes do processo legislativo ou dos acordos políticos. O povo quer ver o Senado cumprir a sua função institucional. Ele quer ver mudança e ação. Eu tenho 61 anos de idade e uma trajetória cheia de sacrifícios, de superação e vitórias. Isso me deu experiências de vida e experiências profissionais, que são extensas, são intensas e são únicas. São experiências que normalmente seriam necessárias muitas vidas para se viver. São conhecimentos e habilidades que diariamente eu coloco à disposição da nação, nesta Casa.

    Na minha essência está o piloto de caça, o piloto de combate, o guerreiro treinado para defender o Brasil e os brasileiros em qualquer situação, mesmo com o sacrifício da própria vida, se for necessário. Os valores dos combatentes do ar - coragem, lealdade, honra, dever e pátria - são os valores que eu aprendi como cadete. Eles ainda ecoam muito forte na minha mente e na minha alma. Hoje, aqui neste Senado, não se trata de combate de armas, mas de um combate de ideias, de valores, de defesa da ética e da democracia verdadeira, em defesa da liberdade. É preciso fazer o que é certo, fazer da maneira correta, fazer com integridade, fazer com sensatez, fazer com respeito, fazer com diálogo, mas, acima de tudo, fazer o que precisa ser feito, encarar os problemas e encontrar soluções que sejam eficientes e atendam aos anseios do povo.

    Acredito profundamente que o nosso país precisa de paz, precisa de justiça, precisa de harmonia para crescer. E sei que só conseguiremos ou conquistaremos isso se o Senado Federal retomar a sua credibilidade e cumprir o seu papel fundamental. Mas isso não vai acontecer sem uma mudança real. Precisamos honrar o que somos hoje. O Congresso Nacional é a última linha de defesa do povo, do poder do povo, da democracia que isso significa. Lembre-se da frase do nosso patrono:

    "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto" - fecho aspas.

    Essa frase tem que deixar de ser válida no Brasil. E nós temos aqui o poder e a responsabilidade de fazer isso. Portanto, diante de tudo isso, eu refriso, eu enfatizo que eu estou hoje aqui apresentando o meu nome como candidato à Presidência do Senado. Não vejo isso como uma luta de partidos, de ideologias ou de poder. Essa é uma luta pelo Brasil, partidos, ideologias ou poder. Essa é uma luta pelo Brasil, pelos brasileiros.

    Ressalto que essa é uma decisão minha, pessoal - decisão pessoal, não do meu partido. Não tenho o apoio irrestrito dos partidos, que certamente já têm os seus acordos e articulações políticas feitas, mas tenho o direito e, principalmente, o dever de me apresentar e agir em nome dos milhões de brasileiros que represento aqui e que confiam em mim.

    Tenho grande respeito por todos os Senadores e partidos aqui presentes. Aliás, respeito e integridade são a essência da força moral que deve sempre nortear as decisões éticas e sólidas.

    Vocês certamente já observaram a minha maneira de ser aqui, durante esse período.

    Asseguro que, se eleito, agirei de acordo com o Regimento desta Casa, com equilíbrio, sensatez e justiça, no dia a dia, na composição da mesa e na distribuição de Comissões e matérias, sempre prezando pela proporcionalidade, pela imparcialidade e pela lógica.

    Sei que a jornada não será fácil. Muitos que estão na arquibancada, distantes das complexidades deste jogo aqui, podem até criticar a minha decisão, dizendo que esse movimento não terá êxito. Mas não temo as críticas, prefiro ouvir a minha consciência que é a parte mais importante de todos nós.

    Claro que gostaria de ter o apoio formal de todos os partidos. Sei que as condições ideais podem não estar a meu favor, o que me torna um vencedor improvável. Mas digo a vocês que, durante toda a minha vida, em todas as minhas batalhas - desde o sonho de sair, de ser selecionado pela Nasa e ir ao espaço, e até mesmo a minha eleição para o Senado, com a maior votação do país inteiro - sempre fui o vencedor improvável, entre aspas.

    E a razão de ser vencedor é simples, colocar-me sempre à disposição para fazer o bem às pessoas. Fazer o bem às pessoas - vou refrisar isso aí - e não em busca de poder ou de fama.

    Portanto, embora vencedor improvável, nunca lutei sozinho, porque, no fundo, todos temos uma pequena voz que nos mostra, aqui na consciência, o que é correto ser feito. Assim, conto com a força de todos os brasileiros que acreditam na justiça, que acreditam no bem e que desejam ver um Senado à altura de suas esperanças.

    Da mesma forma, conto com cada um de vocês, Senadores e Senadoras. Que reflitam, que ouçam essa pequena voz na consciência, e se lembrem do objetivo mais puro que os trouxe até aqui, lembrem-se do povo que os elegeu, lembrem-se dos brasileiros que clamam por justiça e mudanças.

    O número de votos que eu terei, seja alto ou baixo, vai ser um termômetro da consciência desta Casa com relação ao clamor do nosso povo.

    Obrigado, Presidente.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Politica Real)

     

     

     


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