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- Contato Brasil, 14 de outubro de 2024 15:42:57
( Publicada originalmente às 10h 15 do dia 30/09/2024)
(Brasília-DF, 01/10/2024) Na manhã desta segunda-feira, 30, o Banco Central divulgou o seu Estatísticas Fiscais com os dados atualizados até agosto de 2024.
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$21,4 bilhões em agosto, ante déficit de R$22,8 bilhões no mesmo mês de 2023. No Governo Central houve déficit de R$22,3 bilhões, e nos governos regionais e empresas estatais, superávits respectivos de R$435 milhões e R$469 milhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB e 0,03 p.p. inferior ao déficit acumulado nos doze meses até julho.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$69,0 bilhões em agosto de 2024, comparativamente a R$83,7 bilhões em agosto de 2023. Essa evolução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$10,5 bilhões em agosto de 2023 e ganho de R$1,7 bilhão em agosto de 2024). No acumulado em doze meses até agosto deste ano, os juros nominais alcançaram R$855,0 bilhões (7,55% do PIB), comparativamente a R$689,4 bilhões (6,49% do PIB) nos doze meses até agosto de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$90,4 bilhões em agosto. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.111,3 bilhões (9,81% do PIB), ante déficit nominal de R$1.127,5 bilhões (10,01% do PIB) acumulado até julho de 2024.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP atingiu 62,0% do PIB (R$7,0 trilhões) em agosto, elevando-se 0,2 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu em especial os impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do déficit primário (+0,2 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.). No ano, a DLSP elevou-se 1,1 p.p. do PIB, em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,3 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,5 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 16,8% acumulada no ano (-1,8 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,5 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.).
A DBGG – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,5% do PIB (R$8,9 trilhões) em agosto de 2024, aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Esse aumento decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,7 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.). No ano, o aumento de 4,1 p.p. do PIB resulta sobretudo da incorporação de juros nominais (+5,1 p.p.), da emissão líquida de dívida (+1,3 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (+0,7 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-3,1 p.p.).
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real).