( Publicada originalmente às 20h 07 do dia 07/05/2024 ) 

(Brasília-DF, 08/05/2025) O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, juntamente com todo o secretariado da pasta, realizou a primeira reunião ampliada com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e 111 sindicatos rurais do estado por meio de videoconferência nesta terça-feira ,7.

O ministro Fávaro iniciou sua apresentação afirmando que o seu primeiro compromisso é de total empenho, "Não vamos entrar para a história como omissos aos gaúchos", declarou. Fávaro informou que o Governo Federal deve anunciar entre quarta e quinta-feira financiamentos para reconstruir o Rio Grande do Sul, "e dentro delas o agro é fundamental", garantiu.

O responsável pela pasta disse que, em relação a burocracia, "em momento de crises o dinheiro não acaba, o que desaparece é a segurança, é a liquidez, o que cresce é a incerteza. O dinheiro dos bancos está no cofre", afirmou.

Outra informação dada pelo ministro é de que o Mapa possui linha de investimentos para reconstrução de estradas vicinais. "Como será uma linha emergencial, não será tocada pelo Mapa, mas pelo Ministério Desenvolvimento Regional", esclareceu. Sobre as questões ligadas a sanidade animal e transportes, Fávaro falou em "simplificação" da legislação.

A apresentação das reivindicações da Farsul foi realizada pelo economista-Chefe da Federação, Antônio da Luz. Após, o presidente do Sistema Farsul Gedeão Pereira, salientou que a agricultura é um dos sustentáculos do Brasil no cenário mundial e que o Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do país, pede ajuda. Gedeão destacou a necessidade de união neste momento e a presença do ministro Fávaro na reunião. "Temos que estar unidos, é um momento extremamente novo para todos nós. O fato de o senhor estar reunido comosco demonstra sua vontade em colaborar. Agradecemos sua presteza, sua atenção e vamos tratar de colaborarmos", destacou.

Fávaro também levantou a possibilidade da compra de arroz do Paraguai em razão da estrutura estadual estar precarizada. Ele conclui dizendo que o Governo mantém atenção nas previsões meteorológicas do estado para os próximos dias.

De acordo com o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o estado possui quantidade suficiente do produto. Ele detalhou ainda que a diretoria da federação está se reunindo diariamente para avaliar os impactos no setor.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul responde por 68% da produção de arroz do país.

“A agropecuária vai ter todo o apoio. O Brasil reconhece a importância do Rio Grande do Sul. A preservação do produtor vai ser feita”, ressaltou o ministro

O presidente Gedeão ressaltou que a preocupação está com o interior já que os olhos e voltaram para a Região Metropolitana. "Por isso está é a primeira reunião com sindicatos após os acontecimentos, primeiro objetivo é de salvar vidas", explicou.

Gedeão reforçou o fato do ministro ter participado com toda sua equipe da reunião e reforçou que foi Fávaro quem ligou para ele. "Vamos deixar as ideologias a parte, ajudando o Governador Eduardo Leite, levar soluções ao Governo Federal. A quem nos estende a mão, vamos pegá-la e partir para a reconstrução do estado", concluiu.

A proposta é composta dos seguintes itens:

EM EMERGÊNCIA: prorrogação de todas as parcelas de custeio, investimento e comercialização, independente da fonte dos recursos, onde a de custeio será prorrogada pelo tempo da liberação do "Crédito Reconstrução" e a de investimento para depois da última;

CRÉDITO RECONSTRUÇÃO: dimensões de reinvestimento e capital de giro;

CRÉDITO REINVESTIMENTO: destinado a reconstrução da estrutura produtiva, podendo ser empregado em bens de capital, benfeitorias ou infraestrutura de apoio a produção;

CRÉDITO GIRO: destinado a permitir a redução da alavancagem com credores, independentemente se bancos, cooperativas de crédito, de grãos, revenda de insumos, etc., bem como o custeio da próxima safra.

CRITÉRIOS DE ENQUADRAMENTO: estão aptos produtores rurais que estejam em municípios afetados por inundação nos eventos de maio de 2024, com decreto de emergência ou calamidade pública e que estejam acompanhados de laudo de perdas assinadas pelo agrônomo responsável, ou entidade pública de extensão e/ou formação profissional, ou com comprovada dificuldade de comercialização por razões logísticas.

Obs.: o critério, necessariamente, deve ser o simplificado. Se há algo que o RS não está precisando é de uma nova "gincana burocrática" imposta por quem não quer fazer o que precisa ser feito e usa a burocracia para dar respostas políticas, ou para sua própria consciência.

PRAZO: 15 parcelas anuais, podendo ser concedida carência das duas primeiras parcelas;

JUROS: Meta da Inflação apontada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) dada ao Banco Central, que hoje está em 3% a.a.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)