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  • 06/02/2024 06h45

    Luis Roberto Barroso, em Paris, disse que a inteligência artificial (IA) pode ser muito útil para os tribunais

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    Foto: Flick do STF

    Luís Roberto Barroso

    ( publicada originalmente às 19h 00 do dia 05/02/2024)

    (Brasília-DF, 06/02/2024) Nesta segunda-feira, 05, o ministro Luís Roberto Barrosopresidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse em Paris (França), na UNESCO que a inteligência artificial (IA) pode ser muito útil para os tribunais, sobretudo para combater a morosidade judicial, mas deve ser regulada para proteger os direitos fundamentais, a democracia, a segurança e a governança.

    Barroso fez palestra na Conferência Judicial das Supremas Cortes do G20 para embaixadores de diversos países na sede da Unesco, que é a organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, ao lado de Tawfik Jelassi, diretor-adjunto do órgão internacional.

    Segundo o presidente do STF, a inteligência artificial (IA) tem a capacidade de afetar de maneira expressiva a democracia, os direitos fundamentais e o bem-estar social, tanto positiva quanto negativamente. Contudo, é preciso lembrar que ela opera com dados, instruções e valores fornecidos pela condição humana. Entre os benefícios apontados por ele estão a melhor capacidade decisória em muitas matérias, a automação, as aplicações na medicina, na pesquisa científica e tecnológica, o impacto sobre o meio ambiente e em atividades do dia a dia, como busca no Google e navegação por GPS.

    Entre as preocupações e riscos do avanço da IA, o mais óbvio, em seu entendimento, é o impacto sobre o mercado de trabalho, com o desaparecimento de muitas profissões, o que exigirá a capacitação das pessoas e o desenvolvimento de uma rede de proteção social pelos governos. Outras consequências apontadas por Barroso são o uso da IA para fins bélicos, a massificação da desinformação, que pode abrir caminho para a polarização extremista, os discursos de ódio e as teorias conspiratórias.

    Para Barroso, a partir desse diagnóstico, é preciso agir conscientizando governos, plataformas digitais e sociedade civil acerca da urgência das providências necessárias.

    (da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)


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