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  • 05/01/2024 06h34

    ECONOMIA: Segundo FGV-IBRE, Confiança do Consumidor interrompe sequência de quedas enquanto Confiança Empresarial fecha o ano em baixa

    Veja os números
    Foto: Imagem FGV-IBRE

    Veja o comparativo das confianças

    ( Publicada originalmente às 08h 30 do dia 04/01/2024) 

    (Brasília-DF, 05/01/2023). Na manhã desta quinta-feira, 04, a FGV-IBRE divulgou o seu Síntese das Sondagens de Dezembro de 2023.

    O resultado de dezembro da confiança empresarial reforça o movimento de desaceleração da atividade econômica para o final de 2023, influenciado apenas piora das expectativas para os próximos meses. A confiança dos consumidores, que também perdia fôlego nos últimos meses, subiu em dezembro, influenciado exclusivamente por uma reavaliação das perspectivas para os próximos meses. A insatisfação em relação ao momento atual, no entanto, permanece no radar dos consumidores.

    “A confiança empresarial encerra 2023 em patamar muito semelhante ao de 2022, sugerindo pouco avanço ao longo do ano. A sinalização dos resultados do último trimestre mostra que há uma ligeira melhora na percepção sobre o momento presente, porém com mais cautela em relação as expectativas para os próximos meses. O ritmo da confiança em 2024 ainda segue incerto, dependendo da continuidade de melhoria do ambiente macroeconômico e retomada de algumas atividades-chave, como por exemplo serviços, que tem relatado piora nas suas últimas avaliações”, avalia Rodolpho Tobler, Economista do FGV IBRE.

    A confiança da Indústria atingiu o melhor resultado desde outubro de 2022. Em dezembro, a confiança do setor subiu em 2,6 pts., a maior alta em um único mês no ano. Construção e Comércio ficaram relativamente estáveis, apesar de estarem em níveis diferentes, com seus índices de confiança situando-se em 96,0 e 87,5 pontos, respectivamente. Para o segundo, o desempenho foi aquém do esperado para o período marcado pelas vendas de fim de ano. Serviços observou a quinta queda consecutiva de seu índice, recuando 2,4 pontos, em dezembro, para 92,0 pontos. O resultado reflete, principalmente, a piora das perspectivas dos empresários do setor sobre o futuro.

    O resultado positivo, porém tímido, da confiança foi influenciado pela combinação entre a melhora das perspectivas para os próximos meses e piora das avaliações sobre a situação corrente.

    A melhora das expectativas, em dezembro, interrompe a sequência de quedas iniciadas em setembro e foi disseminada em quase todas as faixas de renda, com destaque para as famílias de menor poder aquisitivo. A resiliência do mercado de trabalho, a continuidade da trajetória de queda dos juros e da inflação, em 2024, são alguns dos fatores que motivaram esse cenário.

    Entre as faixas de renda, a confiança dos consumidores de menor poder aquisitivo (com renda até R$ 2.100,00) subiu 1,9 pts., recuperando 55% das perdas dos últimos dois meses, influenciados principalmente por melhores perspectivas em relação ao futuro.

    Para os consumidores de maior poder aquisitivo (com renda superior a R$ 4.600,00) a confiança subiu 1,1 ponto, em sua segunda alta seguida.

    A queda do indicador de incerteza, em dezembro, foi influenciada majoritariamente pelo componente de Mídia, enquanto o componente de Expectativas, que mede a dispersão das previsões para algumas variáveis econômicas, subiu ligeiramente.

    O resultado é reflexo da combinação de um quadro econômico resiliente, apesar dos sinais de desaceleração, e de menores ruídos políticos e fiscais no país, para esse fim de ano.

    Para 2024, ainda há espaço para a queda da incerteza que dependerá, não só da continuidade de resultados positivos para a economia, mas do diálogo colaborativo e produtivo entre os diferentes setores.

    O resultado de dezembro reforça a perda de fôlego do setor de serviços nos últimos meses do ano. O quarto trimestre terminou com queda de 3,5 pontos na confiança em relação ao anterior, e foi difusa entre os principais segmentos, com exceção a Outros Serviços, que melhorou ligeiramente no trimestre.

    Serviços prestados às Famílias, segmento de maior valor adicionado do setor, tem o melhor resultado quando comparado com dezembro de 2022, seguido por Profissionais e Transportes.

    Informação e Comunicação foi o único setor que perdeu o fôlego ao longo do ano após ser o segmento menos influenciado pela pandemia.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)


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