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  • 21/01/2021 07h38

    SUCESSÃO NA CÂMARA: Arthur Lira, após encontro com bancada fluminense, frisa que sua gestão na Câmara só pautará matérias com anuência da maioria dos deputados; ele negou que conversou com Paulo Guedes sobre CPMF

    Candidato a assumir o comando da Câmara, o parlamentar alagoano voltou a afirmar que discussões sobre o impeachment de Bolsonaro são prerrogativas do carioca Rodrigo Maia até 31 de janeiro; “não vou usurpar nenhum dia do mandato dele”
    Foto: Arquivo da Política Real

    Arthur Lira

    ( Publicada originalmente às 13h 49 do dia 20/01/2021) 

    (Brasília-DF, 21/01/2021) Em entrevista coletiva realizada após se reunir com parte da bancada fluminense que o apoia nesta quarta-feira, 20, o deputado e candidato à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), frisou que a sua gestão a frente daquela Casa legislativa só pautará matérias no plenário com a anuência da maioria dos deputados, em reuniões do colégio de líderes.

    A declaração aconteceu depois que foi questionado sobre uma possível conversa que teria tido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre um eventual acerto entre eles para que a Contribuição sobre Movimentação Provisória Financeira, extinta em 2.007, possa retornar ao sistema tributário do país. Lira negou que conversou com Guedes sobre isso.

    “Em dois momentos eu respondo da seguinte maneira: em primeiro lugar, ontem eu liguei para o ministro Paulo Guedes por que foi citado o meu nome na matéria e foi citado na manchete o nome do ministro. No corpo da matéria isso não existe. E o ministro me confirmou que não deu essa entrevista a ninguém. Ele nunca conversou comigo sobre esse assunto”, iniciou Arthur Lira.

    “Eu quero deixar claro uma mudança de rumo na Câmara dos Deputados a partir do dia 02 de fevereiro: o presidente vai sempre pautar, mas vai sempre ouvir o colégio de líderes, vai sempre ouvir a maioria, vai sempre ouvir as bancadas. A política do eu faço vai acabar. Nós vamos fazer. Então essa discussão das pautas será feita coletivamente com antecedência, com previsibilidade, com transparência e respeitando sempre as proporcionalidades partidárias”, complementou o parlamentar alagoano.

    Impeachment

    Cotado a assumir o comando da Câmara, o parlamentar alagoano voltou a afirmar ainda que as discussões sobre a abertura, ou não, de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), são prerrogativas exclusivas do ainda presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), até o dia 31 de janeiro. Atualmente existem quase 60 pedidos de afastamento do atual presidente brasileiro.

    “Esse tema [impeachment de Bolsonaro], ele é pertinente do presidente atual da Casa. Eu não vou usurpar nenhum dia do mandato dele [Maia]. Qualquer discussão sobre esse tema tem que ser tratado com o presidente atual. Se eu me eleger a partir do dia primeiro [de fevereiro], eu falo sobre essa questão”, emendou.

    PSL

    Na oportunidade, Lira comemorou a decisão da maioria dos parlamentares do PSL e do PTB que aderiram a sua candidatura nesta última terça-feira, 19.

    “É fato consumado. A gente tem regras regimentais. Nós já tínhamos maioria absoluta de 53, 32 e tenha aquela questão interna daquela suspensão, que nós não concordamos da maneira monocrática como foi feita. Já temos maioria na Mesa para deliberar sobre isso e não foi feito por que essas reuniões sempre foram interrompidas pelo presidente [deputado Rodrigo Maia] e aí nós encontramos politicamente, com a vontade dos deputados, uma outra alternativa, que foi fazer uma lista de 36 deputados, aumentando em mais quatro”, comemorou.

    “Se você tirar os 17 de 36, ficam 19 que é mais da metade de 35 parlamentares, que é o número de deputados do PSL tirando os suspensos [pela direção nacional da executiva nacional deste partido]. Então é uma questão resolvida, ontem (19) foi um grande dia, a entrada no [nosso] bloco do PSL e PTB, o que nos faz hoje o único bloco formal dentro da Casa e o maior bloco já em números quantitativos de deputados”, completou.

    Prioridades

    Na sequência, Lira falou também que os temas prioritários da futura gestão da Câmara, caso ele seja presidente, serão matérias como a reforma tributária e a busca por debelar as consequências econômicas negativas da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na vida da população brasileira.

    Ele também falou que a logística da vacinação será uma outra prioridade da nova composição da Mesa Diretora daquela Casa legislativa, se ele se eleger presidente da Câmara a partir de 1º de fevereiro.

    “Em primeiro lugar a gente tem andado todos os estados do Brasil justamente para ouvir as pautas inerentes e particularidades de cada estado. E aqui no Rio de Janeiro, lógico que essa pauta, que vem com a reforma tributária e de uma maior justiça na divisão do bolo, ela sempre vai ser discutida e tratada como merece ser, para fazer com que essa distorção seja corrigida sempre com muito diálogo e muito debate na Câmara”, observou.

    “Um assunto que deve prevalecer muito aqui é justamente esse atualmente, de que a gente foque na discussão e na ajuda para que a gente debele esta pandemia, para que a gente acerte nesta logística da vacina, para que a população possa ter tranquilidade, possa se levantar com tranquilidade e todo o esforço do novo Congresso, a partir desta nova Mesa, vai ser prioridade um, dois e três, no fortalecimento de alguns programas assistenciais, tratar a vacina com muito critério, cuidar da nossa economia”, finalizou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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