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  • 11/12/2020 07h58

    SUCESSÃO NA CÂMARA:Rodrigo Maia promete para os próximos dias anúncio do nome do candidato que contará com seu apoio; ele sinalizou que poderá ser até sábado

    Presidente da Câmara lamentou saída de Marcos Pereira do bloco que o apoia e que Bolsonaro perde muito em tentar interferir na Câmara; ele falou que há risco do ambiente legislativo “piorar” e governo ter dificuldades na agenda econômica
    Foto: Michel Jesus/Agência Câmara

    Rodrigo Maia falou aos jornalistas

    ( Publicada originalmente às 17h39 do dia 10/12/2020) 

    (Brasília-DF, 11/12/2020) O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu nesta quinta-feira, 10, fazer o anúncio do nome do candidato que contará com o seu apoio e do seu grupo formado por Cidadania, MDB, DEM, PSDB, PSL e PV, e que tentará sucedê-lo, a partir de fevereiro de 2.021, nos próximos dias. São cotados para assumir a candidatura à presidência da Casa, em nome deste grupo, os deputados Aguinaldo Guimarães (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP) e Elmar Nascimento (DEM-BA).

    Maia lamentou a saída do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), atual primeiro vice-presidente da Câmara, do bloco que o apoia e que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) perde muito em tentar interferir na eleição interna da Câmara para tentar controlar a pauta de uma das Casas legislativas. Ele falou que há risco do ambiente legislativo “piorar” a partir desta interferência do Executivo em tentar eleger o líder do PP, Arthur Lira (AL), como presidente da Câmara e que o governo poderá ter dificuldades em tocar a agenda econômica, apesar dela ser apoiada pela maioria dos parlamentares.

    Questionado se o eu grupo poderia apresentar duas, ou mais candidaturas, Maia brincou: “Tem!?!. Eu não sei. Mas se você perguntou, você tem alguma informação que eu não tenho. Não vai me assustar, cara!”

    “Nós próximos dias, com certeza, os partidos vão lançar a nossa candidatura. É. Se fizer amanhã, o jornal de sábado é o que tem menos audiência, não é? Hoje não dá mais tempo. A gente está conversando com os partidos de esquerda, com os deputados individualmente. Agora a gente precisa fechar o nome do candidato. Os partidos precisam fechar isso para que fique mais fácil a articulação, não é?”, falou.

    “Mas acho que cada vez fica mais claro que há um ambiente da candidatura do Bolsonaro e de uma outra candidatura que vai se formar, que vai consolidar o outro campo, não é? O campo que quer, de fato, diálogo e a Câmara livre de qualquer interferência do outro Poder”, complementou.

    Apoio da esquerda

    Sobre o apoio dos 131 votos dos partidos de esquerda, PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB e Rede Sustentabilidade, Maia destacou que existem conversas para garantir que a Câmara fique “livre de qualquer interferência do outro Poder”.

    “A gente está conversando com os partidos de esquerda, com os deputados individualmente. Agora a gente precisa fechar o nome do candidato. Os partidos precisam fechar isso para que fique mais fácil a articulação, não é? Mas acho que cada vez fica mais claro que há um ambiente da candidatura do Bolsonaro e de uma outra candidatura que vai se formar, que vai consolidar o outro campo, não é? O campo que quer, de fato, diálogo”, respondeu.

    Uso do orçamento na eleição

    Indagado sobre as denúncias de que o governo Bolsonaro estaria fazendo uso de expedientes como a liberação de verbas para conseguir o apoio a candidatura de Arthur Lira à presidência da Câmara, Maia falou que apesar dos “rumores” de que isso estaria acontecendo, ele esperaria “que o governo não esteja interferindo desta forma”.

    “Não sei se o orçamento [que] é impositivo, a maior parte dele, não sei [se isso vai contar para garantir os votos nesta eleição]. Espero que o governo não esteja interferindo desta forma, apesar dos rumores não ser [sic] pequenos. O importante, mas vai da clareza, não é? O governo quer ter seu candidato, interferir na Câmara, interferir na pauta da Câmara, quer colocar a Câmara no mesmo papel, menor, que a Câmara exerceu depois de muitos anos. Por isso que eu digo a você que a intenção do governo não é a pauta econômica. O governo está correndo o risco de reduzir a grande maioria que tem na pauta econômica por estar tentando interferir na Câmara”, lamentou.

    “E não está tentando interferir pela pauta econômica. Está tentando interferir pelas pautas de costumes, pelas pautas [contra a atual legislação] de meio ambiente, pela pauta [a favor] das armas, pela pauta contra as minorias. É muito claro isso! E vai colocar em risco, sim, o ambiente de relacionamento de todo esse campo da centro-direita, que sempre votou a pauta econômica sem precisar de emenda, sem precisar de cargo, não é? Então esse é um jogo de alto risco para o governo, por que o governo, do meu ponto de vista, perde de qualquer forma”, comentou.

    “A pauta econômica é majoritária. [Mas] há risco do ambiente, claro, piorar para o governo e ele ter alguma dificuldade em algumas agendas que ele mesmo não conseguiu votar, começando pela [PEC] emergencial no Senado e que até agora, esqueci do bolo, não é? Ele não deve nem ter almoçado, mas eu vou ver se na semana que vem eu trago o bolo e vamos comer um bolo para deixar claro que o governo atrasou mais de um ano a PEC emergencial no Senado”, disparou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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