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  • 22/10/2020 08h20

    VAGA NO SUPREMO: CCJ do Senado aprova indicação de Kássio Nunes Marques para o STF; mensagem de Bolsonaro vai ao plenário

    Votaram contra a nomeação do atual vice-presidente do TRF-1 para ocupar assento que pertencia a Celso de Mello até o último dia 13 na Suprema Corte cinco senadores identificados com a Lava Jato: Alessandro Vieira, Eduardo Girão, Jorge Kajuru, Lasier Marti
    Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

    Kássio Nunes Marques na CCJ do Senado

    ( Publicada originalmente às 16h 30 do dia 21/10/2020) 

    (Brasília-DF, 22/10/2.020) Depois de quase dez horas de duração da sessão que sabatinou o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), o desembargador Kássio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou no final da tarde desta quarta-feira, 21, o nome do magistrado piauiense para a vaga do ex-ministro Celso de Mello que se aposentou no último dia 13. A indicação segue agora para análise do plenário do Senado.

    Nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2.011, para o Tribunal Regional Federal da primeira região (TRF-1), Kássio Nunes Marques só teve resistências ao seu nome por parte dos senadores que integram o núcleo duro do Movimento Muda Senado e mais alinhados com as causas defendidas pelo ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro.

    Sem resistências por parte da oposição ao governo Bolsonaro, couberam aos parlamentares tidos como lavajatistas fazer os questionamentos mais incômodos ao ainda e então vice-presidente do TRF-1, como suas ligações familiares com acusados de corrupção pela operação Lava Jato e também por conta de algumas incongruências apontadas em seu currículo acadêmico.

    Se posicionaram mais efusivamente contra sua indicação os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que já tinha apresentado voto em separado contrário ao parecer elaborado pelo relator da indicação, o senador e líder do MDB, Eduardo Braga (AM), assim como Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-GO) e Major Olímpio (PSL-SP).

    “Quero deixar consignado e dizer, ministro, que, com muita humildade, eu gostaria de ter a oportunidade de dizer que eu estava errado. Vou levantar aqui para vê-lo. Eu gostaria de, num futuro breve, pedir desculpas ao senhor por me considerar errado com esse meu voto contrário. Eu espero que as suas decisões, e o tempo é o senhor da razão, mostrem que eu estou errado e que o senhor vai corresponder à expectativa do nosso povo, que é a de um Brasil que combate a corrupção, com pautas contra a liberação de droga, a liberação de aborto, a liberação de jogatina. Eu espero muito estar errado, para lhe pedir desculpas, e eu o farei, com muita honra e alegria, se eu tiver essa oportunidade”, falou o senador cearense Girão.

    “Eu fiquei decepcionado com a pergunta que lhe fiz, esperando que o senhor hoje fosse dizer que se arrependeu daquele seu voto no Tribunal Regional Federal 1 mantendo um contrato escandaloso do Supremo Tribunal Federal de R$ 1 milhão para compras de lagostas, camarões e vinhos premiados internacionalmente. O senhor se ateve apenas à questão do jantar. Não é verdade, Dr. Kassio. Eu fui reler o contrato e entrego a cópia para o senhor. Eu tenho a cópia do contrato. Talvez o senhor tenha votado sem ler tudo. O contrato não fala só de jantar. Tem brunch, tem almoço, tem coquetel, tem jantar, tem tudo isso”, comentou o senador goiano Kajuru.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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