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- Contato Brasil, 25 de abril de 2025 22:57:39
Com agências.
(Brasília-DF, 11/04/2025). Na manhã desta sexta-feira, 11, a China aumentou as tarifas sobre produtos americanos para 125%.
Esse é mais um ponto na escalada da guerra comercial com os Estados Unidos após o anúncio de tarifas globais feito por Donald Trump na semana passada.
De acordo com as novas regras anunciadas pelo presidente americano, o governo chinês enfrenta uma taxa de 145% sobre alguns dos produtos importados pelos EUA.
Ao mesmo tempo, a China anunciou que vai ignorar futuros aumentos de tarifas anunciados pela Casa Branca porque, a essa altura, importar bens americanos já não faria mais sentido do ponto de vista econômico.
O presidente Xi Jinping pediu que a União Europeia se junte a Pequim na oposição à "intimidação" dos EUA.
Ele também afirmou que "não há vencedores em uma guerra tarifária".
Apesar disso, Trump afirma que ainda espera fechar um acordo com Pequim.
Segundo ele, é possível chegar "a um acordo muito bom para ambos os países".
Enquanto esses fatos se desenrolam, o ouro atingiu uma máxima histórica — um sinal de que os investidores migram para ativos de refúgio mais seguros.
Anteriormente, Trump anunciou uma "pausa" de 90 dias na aplicação de tarifas extras aos países que não retaliaram sua nova política de comércio.
A pausa significa que uma tarifa "universal de 10%" será aplicada a todos os países, exceto a China, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Até o momento, a Rússia também não sofreu aumento de tarifas pelos EUA. O país já se encontra sob sanções econômicas severas, mas ainda mantém um comércio em menor escala com os americanos.
Segundo o comunicado da China , as "tarifas anormalmente altas" impostas pelos EUA "violam gravemente as regras de comércio internacional, as leis econômicas básicas e o bom senso, além de serem uma forma de intimidação e coerção totalmente unilateral".
A briga entre Estados Unidos e China – a primeira e a segunda maior economia do mundo, respectivamente – ocorre em um momento em que Pequim pena para retomar o ritmo de crescimento após o baque da pandemia de covid-19, consumo doméstico fraco e pressão deflacionária.
A economia chinesa desacelerou no primeiro trimestre e seu crescimento em 2025 deve ficar abaixo do registrado no ano anterior, segundo uma consulta da agência de notícias Reuters com 57 economistas.
O país enfrenta um dos maiores desafios à estabilidade financeira e crescimento desde que Trump passou a castigá-lo com uma tarifa atrás da outra.
O Produto Interno Bruto (PIB) chinês deve crescer 5,1% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior – uma desaceleração em relação aos 5,4% medidos no trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2024. No ano inteiro, o crescimento deve ser de 4,5%, menos que os 5% de 2024 e abaixo da meta oficial do governo
( da redação com agências DW e BBC. Edição: Política Real)